quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

O fim das sacolas plásticas (?)


 No Brasil, leis das sacolas plásticas não saíram do papel


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Califórnia está prestes a banir sacolas plásticas em todo o estado este ano, enquanto o Brasil tem leis semelhantes, mas não as cumpre


Usada por consumidores há cerca de meio século, mas execradas recentemente por seu impacto danoso ao meio-ambiente, as sacolas plásticas já são praticamente obsoletas na Califórnia, onde um número crescente de políticos e legisladores passou a considerá-las símbolo do desperdício ambiental. No Brasil, pelo menos 15 capitais também adotaram leis para banir o uso das sacolinhas plásticas. Porém, o que mais se vê em supermercados em todo o país são consumidores empilhando sacolas plásticas em seus carrinhos de compra. Como acontece com outras proibições em vigor no Brasil, elas existem, mas não há fiscalização.
 
Na vanguarda da preservação ambiental e da conscientização de sua população, a Califórnia deveria servir de exemplo para os estados brasileiros. Desde 2007, sacolas plásticas foram proibidas em quase 100 municípios do estado, incluindo Los Angeles, que no início deste ano tornou-se a maior cidade dos EUA a executar essa proibição. Sacos de papel, que são biodegradáveis e mais fáceis de reciclar, costumam estar disponíveis nos supermercados por uma pequena taxa, geralmente 10 centavos.  Agora, os legisladores em Sacramento, a capital, estão tentando transformar o estado no primeiro do país a proibir o uso das sacolas plásticas em todas as suas cidades. A lei deve ser aprovada este ano.
 
No Brasil grande parte das leis que desestimulam o uso das sacolas plásticas não obrigam sua retirada de circulação, mas determinam que os estabelecimentos ofereçam um desconto nos itens comprados por consumidores que não usarem os sacos plásticos. As leis brasileiras também obrigam os supermercados a viabilizar alternativas (sacolas de lona, ou retornáveis) e informar com cartazes sobre o desconto e os males ao meio-ambiente que as sacolas plásticas trazem. São raros, porém, os estabelecimentos que cumprem todas essas normas.
 
O combate às sacolas plásticas tem fundamento. Elas costumam ser usadas uma ou duas vezes, mas podem durar até um milênio. Apenas uma pequena fração dos sacos são reciclados, em grande parte porque entopem as máquinas de triagem em usinas de reciclagem e por isso devem ser separados de outros plásticos. Muitos sacos acabam presos a árvores, em bueiros ou em aterros sanitários. Eles causam a obstrução da rede de captação de águas pluviais e provocam enchentes recorrentes em zonas urbanas.


opiniaoenoticia



[Na China pude vivenciar em supermercados  e na maioria dos estabelecimentos que vendem alimentos, o hábito de levar sacolas. Por muitas vezes esqueci de leva-las e tive que comprar algumas, mas no supermercado não eram de plástico. Eram de tecido tipo TNT. Os únicos locais que oferecem sacolas plásticas são as fruteiras. No principio achei estranho, mas logo a gente acostuma a sair com as sacolas. E a natureza agradece.]

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