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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

O Ano Novo Judaico - Rosh Hashaná

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Estou morando na China há um tempo e já passei por vários Anos Novos chineses. O calendário anual dos chineses é diferente do ocidente, em 2019 o ano equivalente será o ano 4716. Aqui também se comemora o ano novo no dia 31 de dezembro mas muito mais por motivos lucrativos do que festivos. Assim como os chineses os judeus também tem um calendário diferente, e o ano novo judaico conhecido como Rosh Hashaná  pode ocorrer nos meses de setembro ou outubro, isso porque o ano novo judaico está baseado no calendário lunar.
 
O  Rosh Hashaná de  2018 começa a partir do anoitecer de domingo 9 de setembro e vai até o início da noite de terça-feira dia 11 e setembro, correspondente ao ano 5779.

Um tempo atrás, na escola onde meu filho estudava, participei de um encontro sobre a cultura judaica e sobre o Rosh Hashaná. Achei muito interessante a cultura e os motivos de cada símbolo empregado durante esta festa. Abaixo cito, para fins de curiosidade,  os temas  mais importantes sobre os costumes judeus durante este período.
 
Rosh Hashaná (em hebraico ראש השנה , literalmente "cabeça do ano") é o nome dado ao ano-novo judaico. Rosh Hashaná ocorre no primeiro dia do mês de Tishrei, primeiro mês do ano no calendário judaico rabínico, sétimo mês no calendário bíblico e nono mês no calendário gregoriano.
A Torá refere-se a este dia como o Dia da Aclamação (Yom Teruá Levítico 23:24).
Já a literatura rabínica diz que foi neste dia que Adão e Eva foram criados e neste mesmo dia incorreram em erro ao tomar da árvore da ciência do bem e do mal. Também teria sido neste dia que Caim teria matado seu irmão Abel. Por isto considera-se este dia como Dia de Julgamento (Yom ha-Din) e Dia de Lembrança (Yom ha-Zikkaron), o início de um período de instrospecção e meditação de dez dias (Yamim Noraim) que culminará no Yom Kipur, um período no qual se crê que o Criador julga os homens.
 

Rosh Hashaná

Este nome é atribuído pela tradição rabínica ao dia da concepção do mundo. Portanto neste dia começa o novo ano judaico.
A primeira citação escrita deste nome está na Mishná no tratado de Rosh Hashaná. Lá cita-se que existem quatro começos de ano diferentes. O primeiro dia do mês de nissan marca o começo da contagem dos anos de reinado dos reis de Israel na Bíblia e o começo do ciclo das festividades judaicas de acordo com a Torá. O primeiro dia do mês de elul corresponde ao início do ano para assuntos ligados ao dízimo animal (quando era necessário dar aos sacerdotes 1/10 dos animais nascidos neste ano até aquela data). O primeiro dia do mês de Tishrei é o começo do ano para a contagem dos anos a partir da criação do mundo (de acordo com a tradição judaica), do ciclo de sete anos e do ciclo de 50 anos - segundo leis específicas da Torá. E o último dos começos de ano é o dia 15 do mês de shevat - o ano novo das árvores, quando se conta a idade das árvores e que se refere a leis da Torá sobre a proibição do consumo dos frutos de uma árvore até completados quatro anos desde a sua plantação na terra de Israel.

Yom Teruá (dia do toque do shofar)

Segundo a Torá, é o dia do toque das trombetas - ou do shofar. Geralmente o shofar é feito de chifre de carneiro, mas pode ser usado o chifre de qualquer animal kosher, exceto a vaca. A primeira citação deste nome está na Torá no livro de Bamidbar. O toque do shofar é um preceito da Torá de alta importância neste dia e é interpretado pelos sábios do Talmud como um sinal sonoro para incentivar o sentimento de arrependimento por atos errados que os membros da congregação possam ter cometido.
 
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Yom Hadin (dia do juízo)

De acordo com a tradição judaica Rosh Hashaná é o dia em que D'us julga todas as almas em relação ao próximo ano. O ano novo judaico é tomado como um dia de introspecção e reflexão sobre os atos passados no ano anterior, e de pedidos e rezas para o ano vindouro, ou seja, um dia de julgamento pessoal que cada um deve fazer de si mesmo.

Yom Hazikaron (dia da memória)

De acordo com a tradição judaica, neste dia são envocadas as recordações de nossos atos perante D'us para que Ele faça o nosso julgamento. E por isso uma parte da reza de mussaf de Rosh Hashaná (chamado zichronot: "lembrança") é dedicada à recordação de fatos bíblicos que têm como objetivo evocar a piedade divina durante o julgamento.
Este dia também é chamado na Torá de Yom Teruah (dia do som das trombetas) ou Zichron Teruá (dia da lembrança no nome de D'us).

Tradições e costumes



Rosh Hashaná entre judeus ortodoxos na Holanda

A comemoração é efetuada durante os dois primeiros dias de tishrei, conforme o costume pós-exílico, para se garantir a comemoração no dia correto nas comunidades da Diáspora. Começa no pôr do sol do dia anterior e segue até o anoitecer do dia posterior.

Orações

Selichot (desculpas)

Há o costume de recitar poemas e orações ligadas ao pedido de perdão antes do amanhecer durante o mês de elul, segundo os judeus sefaradim ou, segundo os judeus asquenazim, a partir da semana que antecede Rosh Hashaná. Ademais, nos dez dias a partir de Rosh Hashaná (os chamados Yamim Noraim), as orações (selichot) e poemas religiosos (piyuttim) são intensificados juntamente com as orações normais.

Hatarat Nedarim (anulação das promessas)

É um costume muito forte, na véspera de Rosh Hashaná, de fazer-se uma confissão de promessas não cumpridas (normalmente usando-se um texto genérico que engloba vários tipos de promessas que podem ter sido feitas e não cumpridas durante o ano passado), diante de três pessoas para que elas anulem em nome da comunidade estas promessas e permitam às pessoas entrarem no novo ano sem uma dívida perante D'us ou as pessoas. Quem não fez esta cerimônia na véspera de Rosh Hashaná, poderá fazer durante os 10 dias até Yom Kipur, ou mesmo depois durante o ano.

Kitel

Kitel é uma roupa feita de um tecido branco simples, sem bolsos, que, em algumas congregações, costuma-se vestir durante as rezas na sinagoga ou em outras congregações. Somente o Chazan (que conduz a reza) a veste.

Shofar



O Shofar, cujo toque marca a prece de mussaf.

O shofar é um chifre de animal (geralmente carneiro) trabalhado de forma que seja possível emitir som ao soprá-lo.
Escutar o toque do shofar é o mandamento mais especial deste dia. Na manhã dos dois dias de Rosh Hashaná, durante a reza de mussaf, um representante da congregação executa 100 toques, que devem ser ouvidos por todos os judeus nas sinagogas ou fora delas. Esses toques são classificados em três tipos, sendo alternados em grupos diferentes e divididos em quatro diferentes partes da reza de mussaf.
 
Os três tipos de toques são:
  • Tekiá - é um toque uníssono prolongado de aproximadamente cinco segundos.
  • Shevarim - são três toques consecutivos de aproximadamente um segundo cada, com intervalos muito curtos, sendo todos os três toques feitos numa mesma respiração.
  • Teruá - é uma sequência de toques muito curtos (entre nove e 15 toques) executados dentro de uma só respiração.

A oração de mussaf

A palavra mussaf quer dizer "acréscimo" e se refere ao sacrifício adicional que era feito no Templo de Jerusalém na época bíblica, em dias especiais.
A oração de mussaf é acrescentada ao grupo de três rezas judaicas diárias (shacharit pela manhã; minchá à tarde; arvit à noite). Ela é feita somente em dias especiais do calendário judaico: aos sábados; no início dos meses judaicos; nas festividades que têm origem na Torá.
Normalmente a oração de mussaf é composta pelas três primeiras bençãos (que são comuns a todas as rezas), pelas três últimas bençãos (que também são comuns a todas as rezas) e, no meio, por uma bênção que contém a descrição dos sacrifícios que eram feitos em Jerusalém na época bíblica, além da santificação específica do dia santo a que se refere.
Somente em Rosh hashaná são acrescentadas três bençãos no meio, em vez de uma só. Estas três bênção são:
  • Malchuiot (reinado/coroação) - nesta parte se especifica o sacrifício diário, e se declara D'us como o Rei do Universo.
  • Zichronot (lembranças) - nesta parte se traz a tona as recordaçõs bíblicas positivas ao povo judeu, de forma que, por mérito destas, o julgamento seja favorável a cada pessoa e a todo o povo.
  • Shofarot (toque do shofar) - nesta parte citam-se passagens bíblicas referentes ao toque de shofar como fonte de arrependimento e como indicador da redenção do povo judeu, e também se santifica o dia de Rosh Hashaná com a palavra.
Ao final de cada uma destas partes, costuma-se tocar o shofar, como foi citado acima.

Comidas especiais

No jantar da véspera de Rosh Hashaná, costuma-se trazer à mesa comidas típicas como sinal para um ano novo bom e doce. Segundo a mística judaica da cabala, esses símbolos têm o poder de mudar o destino, mas, de acordo com linhas mais racionalistas, eles são símbolos que fazem nosso ponto de vista mudar com relação a fatos passados e futuros - a perspectiva que temos de um fato podem mudar o significado do que ele é para nós.
  • Chalá Redonda (o pão redondo)
  • Maçã com mel
  • Romã
  • Tâmara
  • Peixe
  • Cabeça de carneiro (ou de peixe)
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Saudações tradicionais

Shana Tová é a saudação tradicional do Rosh Hashanah e significa "Bom ano" (em hebraico: שנה טובה). Alternativamente, usa-se Shana Tovah Umetukah, que significa "Um ano bom e doce" (em hebraico: שנה טובה ומתוקה) e Ketiva ve-chatima tovah ("Que você seja inscrito e selado para um bom ano." (em hebraico: כתיבה וחתימה טובה)
Rosh Hashaná é também considerado o "dia do juízo" - quando Deus inscreve, em três livros, o destino dos justos, dos não tão justos e dos absolutamente ímpios, respectivamente. Os justos são imediatamente selados no livro da vida; aos não tão justos, são dados 10 dias para reparar e refletir sobre suas transgressões (até Yom Kippur); os ímpios, segundo o Talmud, "são riscados do livro da vida para sempre." Por essa razão, na primeira noite de Rosh Hashanah, após as preces vespertinas, é costume, entre os asquenazim e os hassidim, desejar L'shana tovah tikoteiv v'tichoteim (le'alter lechaim tovim u'leshalom), o que significa: "Que você seja (imediatamente) inscrito e selado (no livro da vida) para ter um bom ano (e uma vida boa e pacífica). Em muitos lugares, costuma-se dizer simplesmente a gut yoar ("um bom ano", em iídiche).
Já entre os sefardim, a saudação formal é Tizku leshanim rabbot ("que você mereça muitos anos"), à qual se responde ne'imot ve-tovot ("bons e agradáveis").

 
Fonte principal Wikipédia
     

Vitamina D e o Protocolo Coimbra

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O Professor Cícero Coimbra é uma das mentes médicas mais brilhantes dos nossos tempos. O desenvolvimento do Protocolo Coimbra permitiu mudar a vida de milhares de pessoas pelo mundo inteiro.
O desenvolvimento do Protocolo Coimbra iniciou-se quando verificou os efeitos que a suplementação com vitamina D teve num doente de Parkinson que apresentava também manchas de vitiligo. Após suplementar o doente com a dose fisiológica de 10.000UI por dia durante 3 meses, tendo em vista a normalização dos valores sanguíneos desta hormona, a mancha tinha praticamente desaparecido. A melhoria tinha sido absolutamente notável! Esta constatação foi o suficiente para iniciar o processo que hoje se conhece como Protocolo Coimbra.
 
Já à data era possível encontrar diversos artigos, publicados em conceituadas revistas científicas, que indicavam o papel importante da vitamina D nas processos fisiopatológicos responsáveis pelas doenças autoimunes. Essa evidência científica encerra um potencial impacto clínico muito grande: as terapias convencionais existentes para o tratamento autoimune não são totalmente satisfatórias, seja pelos níveis de controlo clínico existentes, seja pelos incríveis efeitos secundários apresentados.
Durante os anos seguintes, o protocolo foi sendo desenvolvido passo a passo, tendo sempre uma certeza: as doenças autoimunes não precisam de ser uma sentença sem direito a recurso, podem ser combatidas e vencidas. A sua especialização como neurologista, com particular foco na prática clínica, permitiu a aplicação e o desenvolvimento deste protocolo terapêutico em doentes com esclerose múltipla, uma doença classicamente referida como progressiva, degenerativa, intratável, irrecuperável. Com a evolução e o ajuste do procedimento protocolar, o sucesso terapêutico possível tornou-se evidente. De repente, a recuperação clínica era possível, mesmo em situações graves e dramáticas. Finalmente existia maneira de vencer a autoimunidade!
 
 
A terapia que se chama hoje de Protocolo Coimbra não nasceu de um dia para o outro. O seu desenvolvimento durou mais de 10 anos, até se conseguir obter os efeitos terapêuticos desejados, minimizando todos os efeitos laterais possível associados à toma de altas doses de vitamina D.  O objectivo sempre foi evidente: conseguir estabelecer uma terapia que pudesse melhorar a saúde e a vida de todos aqueles que sofrem diariamente com as doenças autoimunes.
Finalmente, em 2012, conseguiu-se atingir a eficácia e estabilidade clínica pretendidas. No total, serão já mais de 7000 vencedores, espalhados por todo o mundo, que decidiram ter um papel activo na sua saúde e iniciaram uma batalha real e efectiva contra a sua doença. A grande maioria venceu. Porque é possível vencer a doença autoimune!
 
Assista ao vídeo do Dr. Coimbra sobre o tratamento com vitamina D

youtu.be

 
Leia o resto do artigo e saiba mais sobre esse tratamento revolucionário