O músculo serrátil anterior é largo, origina-se nas primeiras
nove costelas e se insere na superfície costal da escápula, ao longo da sua
borda medial. Pode ser dividido em três porções: superior, medial e inferior. A
digitação inferior que se insere no ângulo inferior da escápula é a mais
importante. Ela exerce a principal função do músculo, que é fixar a escápula
contra o tórax durante os movimentos do ombro. O músculo serrátil anterior é
inervado pelo nervo torácico longo (nervo de Bell).
Após a paralisia do músculo serrátil anterior, a escápula tende
a se deslocar para trás, dando o aspecto de asa (escápula alada).
A deformidade de escápula alada não é uma condição clínica
frequente. Velpeau, em 1837, foi o primeiro a reconhecer a paralisia do serrátil
anterior. Os pacientes queixam-se de dor, fraqueza, desconforto e diminuição da
mobilidade ativa do ombro. Todos esses sintomas variam com a gravidade da lesão
nervosa. Embora a lesão do nervo torácico longo seja fácil de ser reconhecida na
avaliação clínica, o diagnóstico e a etiologia devem ser confirmados pela
eletroneuromiografia (ENMG), que também orienta o prognóstico.
Existem várias causas para essa lesão nervosa. A literatura
mostra grande variedade de agentes causais, como: traumatismo, infecção,
exposição ao frio, complicação cirúrgica, esportes, choque elétrico, entre
outras. Muitos casos são de etiologia obscura.
A recuperação espontânea do nervo torácico longo pode ocorrer e
muitos pacientes tornam-se assintomáticos. Outros recuperam satisfatoriamente os
movimentos do ombro afetado, mas permanecem com alguma deformidade residual. O
tempo de recuperação varia de seis meses a três anos e o prognóstico é melhor
quando ela ocorre abaixo de seis meses.
O tratamento deve ser conservador nos estágios iniciais (06 à
12 meses) e os procedimentos cirúrgicos só devem ser indicados nos casos
refratários com incapacidade física para o trabalho e para os esportes. Grande
variedade de tratamentos cirúrgicos tem sido proposta para substituir o músculo
paralisado. Existem três procedimentos básicos: a escapulopexia (fixação cirúrgica da escápula às costelas), as
transposições musculares e a artrodese escápulo-torácica.
É no tratamento conservador que o Pilates entra trazendo
ótimos resultados. Atuando de forma a ativar o equilíbrio entre cadeias
musculares. Alongando músculos tensionados e fortalecendo aqueles mais fracos. O
método busca reorganizar a dinâmica muscular da cintura escapular, visto que
esse conjunto de músculos, nervos e articulações são muito instáveis pela grande
variedade de movimentos que possuem.
É recomendado que o indivíduo com diagnóstico de escápula
alada se afaste temporariamente de atividade repetitivas, esportes e não
carregue peso.
Fonte: ClubedoPilates/ Revista Pilates
Fisioterapia com Você: Procure um profissional qualificado no método. O Fisioterapeuta está apto a avaliar e tratar este tipo de lesão.
Fisioterapia com Você: Procure um profissional qualificado no método. O Fisioterapeuta está apto a avaliar e tratar este tipo de lesão.
2 comentários:
Resumiu TUDO o que meu médico me disse e o que li em outros sites, de forma clara e didática (ainda mais para mim, que não sou da área).
Excelente! Parabéns pelo Blog!
Que legal Carolina, espero que logo fiques boa! E volte sempre, qualquer dúvida envie uma mensagem! Abraços, Marcia
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