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sábado, 17 de março de 2018

Lente de contato inteligente informa nível de glicose

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Lente de contato eletrônica
 
Pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Ulsan (Coreia do Sul) criaram uma lente de contato biossensível projetada para detectar níveis de glicose em pacientes com diabetes.
 
A lente inteligente, que possui circuitos eletrônicos flexíveis embutidos, monitora os níveis de glicose no organismo analisando as lágrimas no olho.
 
"Estas lentes de contato inteligentes são feitas de nanomateriais transparentes e, portanto, não obstruem a visão do usuário," disse o professor Jang-Ung Park. "Além disso, como o sistema usa uma antena sem fios para ler a informação do sensor, nenhuma fonte de energia separada, como uma bateria, é necessária para os sensores inteligentes das lentes de contato".
 
 
Resultado nos olhos
 
Existem várias abordagens buscando medir os níveis de glicose no sangue de forma não-invasiva e indolor, para evitar as tradicionais picadas a que as pessoas com diabetes precisam se submeter.
 
A equipe coreana tentou eliminar as deficiências das lentes de contato desse tipo feitas até agora usando um sensor de glicose especial que envia seus resultados na forma de sinais elétricos para um minúsculo LED.
 
A energia elétrica que ativa o LED e o sensor de glicose é transmitido sem fios para a lente através da antena.
 
Quando detecta uma concentração de glicose no fluido lacrimal acima do limite, o píxel LED se desliga, permitindo uma leitura simples e rápida do resultado, o que simplificou muito o projeto.
 
O dispositivo ainda não foi testado em seres humanos. "Os testes in vivo em coelhos ... nos deram a promessa substancial de futuras lentes de contato inteligentes para o monitoramento de saúde não invasivo usando os olhos e as lágrimas humanas," escreveu a equipe em seu artigo que descreve a pesquisa, publicado na revista Science Advances.
 
 

Longevidade é controlada por comunicação cérebro-intestino


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Intestino nervoso

O envelhecimento não parece ser um processo passivo: nosso corpo possui mecanismos que influenciam diretamente nossa longevidade.
As células e os tecidos utilizam continuamente informações dos nossos ambientes - e uns dos outros - para coordenar ativamente o processo de envelhecimento.
 
Houve muita surpresa quando se descobriu recentemente que a sinalização entre o intestino e o cérebro pode regular uma variedade de processos biológicos. Até agora, as pesquisas se concentravam principalmente em como os sinais do intestino podem afetar as funções neurológicas, incluindo algumas doenças neurodegenerativas.
Mas a equipe do professor Shawn Xu, da Universidade do Michigan (EUA), queria saber quais são os efeitos da comunicação no sentido inverso, ou seja, como a comunicação do cérebro com o intestino pode afetar os processos biológicos, sobretudo o envelhecimento.
 
 
Quente e frio afetam longevidade
 
Em experimentos com animais de laboratório (C. elegans), Xu descobriu que essa comunicação neural de longa distância cria uma espécie de "eixo do envelhecimento", no qual o cérebro e os intestinos trabalham juntos para regular a longevidade.
Variando as condições ambientais, que afetam diretamente a longevidade dos animais, os pesquisadores investigaram como os neurônios processam informações sobre a temperatura externa e transmitem essa informação para outras partes do corpo.
 
Eles identificaram dois tipos diferentes de neurônios - um que detecta o calor e outro que detecta o frio. Ambos agem na mesma proteína no intestino. Quando o neurônio sensível ao frio detecta uma queda de temperatura, ele desencadeia uma cadeia de comunicação que, em última instância, libera serotonina no intestino. Essa serotonina faz com que uma proteína conhecida por regular a idade, a DAF-16, aumente sua atividade, o que resulta no aumento da longevidade do verme.
O neurônio sensível ao calor, em contraste, envia um composto semelhante à insulina para o intestino. Lá, a atividade da mesma proteína DAF-16 é bloqueada, reduzindo o tempo de vida do animal.
 
 
Longevidade determinada pelo ambiente
 
Usando estes dois caminhos, o cérebro é capaz de processar pistas do ambiente externo e, em seguida, usar essa informação para se comunicar com o intestino sobre o envelhecimento. Além disso, esses sinais podem ser transmitidos do intestino para outras partes do corpo, permitindo que os neurônios regulem o envelhecimento em todo o corpo.
E, como muitos dos principais participantes dessas reações são os mesmos encontrados em outras espécies, Xu acredita que essa pesquisa pode ter implicações para os seres humanos.
 
"Das nossas descobertas, fica claro que o cérebro e o intestino podem trabalhar juntos para detectar informações relacionadas ao envelhecimento e depois divulgar essas informações para outras partes do corpo," disse Xu. "Nós acreditamos que é provável que esse tipo de eixo de sinalização possa coordenar o envelhecimento não apenas nos C. elegans, mas também em muitos outros organismos."