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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Dorsalgia

 




Dorsalgia é a dor sentida nas costas, na região dorsal ou torácica, que pode ser proveniente dos músculos, ossos, nervos, articulações ou outras estruturas da coluna vertebral. Esta dor pode ser tanto constante como intermitente, bem como permanecer num lugar ou deslocar-se ou espalhar-se para/por outras regiões.

Estima-se que entre 65% e 80% da população mundial desenvolvam a dorsalgia em alguma fase das suas vidas. Porém, a dorsalgia não costuma ser incapacitante.


Um pouco de Anatomia

coluna vertebral, ou espinha dorsal, é formada quase sempre por 33 e eventualmente 32 ou 34 vértebras que são ligadas por articulações.
 
Quando é vista de frente a coluna vertebral é reta, e quando vista de lado forma quatro curvaturas, duas delas com a concavidade virada para trás (lordoses) e duas delas com a concavidade virada para a frente (cifoses). Temos assim a lordose cervical (localizada no pescoço), a cifose torácica (ao nível das costelas), a lordose lombar (ao nível do abdômen) e por fim a cifose sacrococcígea, ao nível do sacro e do cóccix.
 
 
É correto afirmar que a coluna vertebral não é totalmente flexível, mas sim, somente 75% desta, (sendo a coluna dorsal a menos móvel), as vértebras cervicais (7), vértebras torácicas (12) e vértebras lombares (5). As demais regiões, Sacro (5 vértebras fundidas) e o Cóccix (4 vértebras fundidas), são imóveis.
 
As cifoses são curvaturas primárias e são desenvolvidas durante o período embrionário, as lordoses são chamadas de curvaturas secundárias pois são desenvolvidas conforme se assume a postura ereta.
 
 
A Dorsalgia pode ser do tipo:
 
Traumático: músculo-esquelético  


A dorsalgia traumática é o principal fator etiológico. Nesta categoria incluímos os quadros de distensões músculo ligamentares, contusões e fraturas.

A história de trauma, esforço físico exagerado e atividade laborativa em posições anormais são freqüentes e auxiliam no momento da avaliação. Ficar muito tempo usando o computador, ler deitado, ficar muito tempo com braços elevados, como limpar armários  são bons exemplos da causa da dorsalgia.
 
A evolução do quadro se estende por um período curto, de 5 a 7 dias, e há alívio significativo com o repouso, medicação sintomática e antiinflamatórios. As fraturas costais costumam promover dor por um período de 3 a 4 semanas.

Na ausência de melhora clínica ou dor muito intensa torna-se necessária investigação complementar com estudos por imagem: tomografia ou ressonância magnética. As dores músculo-esqueléticas dorsais acarretam perda de atividades laborativas e ônus econômico à sociedade.

No momento da avaliação inicial é importante termos em mente que o sintoma dor não é específico do aparelho músculo-esquelético-articular e que apenas expressa irritação localizada. A mesma topografia de dor pode ser enganosa ao identificar o ponto de origem do problema patológico, devido a presença de uma dor referida.
 

Degenerativo

A espondilose é um processo que afeta todos os níveis da coluna vertebral. Caracteriza-se por alterações degenerativas progressivas dos discos intervertebrais, corpos vertebrais, facetas articulares e estruturas cápsulo-ligamentares.

Os leigos conhecem esta situação como “desgaste da coluna e/ou bicos de papagaio”.


Metabólico

A principal causa metabólica de comprometimento da coluna vertebral é a osteoporose, nesta patologia há uma diminuição da massa óssea e um aumento da suscetibilidade à fratura.

A osteoporose pode ser responsável por fraturas típicas da coluna vertebral dorsal ou micro fraturas determinando dorsalgia e cifose torácica progressiva com risco adicional para novas fraturas e dor.

O tratamento das fraturas é feito com coletes e, o da doença osteoporótica, com a eliminação dos fatores de risco, cálcio, vitamina D, calcitonina e bifosfonados.


Tumores

Os tumores benignos e malignos podem ser causa de dorsalgia. Os tumores ósseos primários, em nível da coluna vertebral, são raros em contraste com os metastáticos que são muito comuns.

A dor neoplásica é frequentemente referida na topografia da coluna vertebral, piora a noite, despertando o paciente. A dor não tem características mecânicas. Não há correlação com atividades e não alivia com o repouso.


Boa parte dos problemas de dor nas costas pode ser resolvida por atitudes simples, como dormir em colchão mais firme e com um travesseiro adequado ou sentar-se, preferencialmente em cadeiras de encosto reto. Pesos só devem ser erguidos a partir de uma postura agachada, mantendo-se as costas retas. Caminhar com as costas retas e mantendo o peito ligeiramente elevado, contribui para uma melhoria da postura física e da própria aparência pessoal.

Existem uma grande variedade de tratamentos para dores nas costas, que incluem aplicações de bolsas térmicas geladas ou de água quente nas regiões doloridas, medicações, injeções, exercícios físicos, etc. Somente uma minoria (estimados entre 1% e 10% dos casos) necessita de cirurgia.

A Reeducação Postural Global (R.P.G.) é uma técnica da Fisioterapia bem empregada para os casos de dorsalgia, com melhoras visíveis já nas primeiras sessões. O método Pilates também tem sido bem utilizado como recurso para alivio da dor.

O médico ou o fisioterapeuta pode recomendar exercícios mais específicos para  ajudar a fortalecer os músculos das costas e abdominais.


Tenha sempre em mente: A Prevenção é o melhor remédio!
 

 
Fonte principal: doresnacoluna

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Pilates te Relaxa!

 
Uma boa semana à todos!
 
 

Pilates faz Crescer?

pilates-faz-crescer-2-revista-pilates


Essa é uma das perguntas mais populares entre os nossos leitores. A instrutora Fernanda Santos Plata, da Pilates Studiofit, explicou pra gente o que acontece de verdade. É que o Pilates é uma atividade diretamente ligada à postura e trabalha o corpo de forma global, fortalecendo todos os músculos responsáveis pela sustentação da coluna, o chamado “core”. Isso equilibra e alonga a postura, por isso quem pratica tem a sensação de que cresceu alguns centímetros.
Com o tempo e a ação da gravidade, além de alguns maus hábitos que levamos no dia a dia, sofremos o enfraquecimento dessa musculatura de sustentação, o que pode levar a uma postura incorreta e curvada. Outros fatores genéticos também podem influenciar na “perda” de estatura, segundo Fernanda. São eles: má formação, fatores neuromusculares (paralisia), inflamações, traumas por fratura ou osteoporose, além de desequilíbrios musculares pela má postura.
A instrutora diz que existem vários meios de promover o realinhamento da postura, dependendo da origem da deformidade. “Isso pode ser feito com exercícios de fisioterapia, Reeducação Postural Global (RPG) e Pilates, claro. Em alguns casos, o uso de palmilhas posturais, coletes ortopédicos e até um colchão mais firme pode ajudar”, afirma.
No caso do Pilates, o realinhamento postural acontece através do fortalecimento dos músculos abdominais profundos, dos eretores da coluna e do assoalho pélvico, que promove a estabilidade e mobilidade do tronco. “A consciência corporal e o reequilíbrio muscular que o Pilates proporciona são fundamentais. Além disso, o trabalho de respiração melhora a oxigenação dos órgãos, isso alivia as tensões musculares”, completa Fernanda.
 
Quer saber quais exercícios podem te ajudar? Olha só:
 
Cisne (Cadillac) – trabalha concentricamente os eretores da coluna;
Alongamento Longo (Reformer) – trabalha os músculos do tronco isometricamente;
Sereia Ajoelhada (Chair) – excelente exercício para desafiar o posicionamento neutro da coluna. Também trabalha isometricamente a musculatura do tronco.

Claro que existem muitos outros, mas é o seu instrutor que vai encontrar os que mais se encaixam com a sua necessidade. E lembre-se de tentar manter uma boa postura no dia a dia. A instrutora Fernanda dá a dica: “Pratique atividades que visem ao equilíbrio entre o fortalecimento e o alongamento dos músculos”. O Pilates pode ser um dos melhores métodos com esse objetivo. Vamos tentar?
 
 
 
 
 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O Tempo e o Vento

 

Estreia hoje nos cinemas brasileiros o filme dirigido por Jayme Monjardim, O Tempo e o Vento, baseado na maior obra do gaúcho Erico Veríssimo. Hoje é comemorado o dia da Revolução Farroupilha, onde parte do épico foi inspirado.

O Tempo e o Vento é uma série literária do escritor brasileiro Érico Veríssimo. Dividido em O Continente (1949), O Retrato (1951) e O Arquipélago (1961), o romance conta uma parte da história do Brasil vista a partir do Sul - da ocupação do "Continente de São Pedro" (1745) até 1945 (fim do Estado Novo), através da saga das famílias Terra e Cambará. É considerada por muitos a obra definitiva do estado do Rio Grande do Sul e uma das mais importantes do Brasil.
 
Os sete capítulos de O continente (A Fonte, Ana Terra, Um Certo Capitão Rodrigo, A Teiniaguá, A Guerra, Ismália Caré e O Sobrado) podem ser lidos de diversas formas. Uma delas é a história da formação da elite rio-grandense, que culminará na Revolução Federalista de 1893/95. As lutas pela terra, as guerras internas (Farroupilha, Federalista) e externas (Guerra do Paraguai, Guerra contra Rosas) marcam definitivamente a vida e a personalidade daqueles gaúchos e ecoam de forma muito forte ainda hoje na identidade do Rio Grande do Sul. (Wikipédia)
 
Seis anos depois da publicação do último tomo de O Arquipélago, O Tempo e o Vento ganhou sua primeira adaptação em 1967. A novela foi produzida pela TV Excelsior.
 
Em 1985, Doc Comparato adaptou O Continente para uma minissérie da TV Globo.
Sob a direção do gaúcho Paulo José, O Tempo e o Vento foi dividida em quatro partes: Ana Terra, Em Um Certo Capitão Rodrigo, A Teiniaguá  e O Sobrado.
 
Agora em 2013, o filme tem como enredo principal, a história da família Terra Cambará e de sua principal opositora, a família Amaral, durante 150 anos, começando nas Missões até o final do século XIX. Sob o ponto de vista da luta entre essas duas famílias, são retratadas a formação do Rio Grande do Sul, a povoação do território brasileiro e a demarcação de suas fronteiras, forjada a ferro e espada pelas lutas entre as coroas portuguesa e espanhola.
 
  
Veja detalhes do filme em:

O Hino Rio-Grandense




A pedido dos rebeldes da Revolução, o maestro Joaquim José de Mendanha compôs a música e Francisco Pinto da Fontoura a letra do Hino da República Rio-grandense.

Hino Rio-Grandense 
 
Como a aurora precursora
Do Farol da divindade,
Foi o Vinte de Setembro
O precursor da liberdade. 
Mostremos valor constância,
Nesta ímpia e injusta guerra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo à toda a terra,
De modelo à toda a terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo à toda a terra.  
Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo  
Mostremos valor constância,
Nesta ímpia e injusta guerra.
Sirvam nossas façanhas
De modelo à toda a terra,
De modelo à toda a terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo à toda a terra.  
 
Independente dos resultados da guerra, ou dos motivos que a causaram, o hino demonstra claramente o desejo de um povo cansado da luta injusta, cansado da escravidão econômica. O desejo pela liberdade não superava o da virtude, uma das mais belas qualidades, o desejo de servir como exemplo, era o mais importante para uma época na qual, o "fio de um bigode", era sinal de respeito e honra.
 
Que sirva de modelo para nós nos dias de hoje...

O Hino Rio-Grandense
youtu.be

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Fisioterapeuta cria roupas e abre loja virtual para pessoas com deficiência

Dariene desenvolveu calças com aberturas nas laterais (Foto: Divulgação)


Calças jeans com elástico e velcro e agasalhos com aberturas nas laterais estão entre as peças adaptadas vendidas no site de roupas para pessoas com deficiência lançado no começo de julho pela fisioterapeuta Dariene Rodrigues, de 35 anos, de Sorocaba, no interior de São Paulo. Os modelos buscam atender a demanda dessas pessoas por peças confortáveis e fáceis de vestir – o que facilita a vida, por exemplo, de cadeirantes ou de quem precisa usar sondas ou fazer fisioterapias.

“[A ideia surgiu] de tanto eu ouvir as pessoas que eu atendia, principalmente as pessoas com deficiência física, que são os paraplégicos e tetraplégicos, a dificuldade de usar, ter uma vestimenta adaptada”, explica.

O projeto demorou três anos para ser colocado em prática. Dariene revela que o pontapé inicial surgiu “meio que sem querer”, quando recebeu a indicação de uma estilista que poderia tornar reais os modelos que imaginava. “Eu tinha um projeto em mente e meio que me faltava uma pessoa para poder confeccionar a minha ideia, confeccionar esse molde (...). Acabei encontrando uma estilista, e a gente criou um projeto piloto”, explica.

Para a elaboração dos modelos, Dariene afirma que avalia todas as necessidades das pessoas com deficiência com as quais tem convivência.


A fisioterapeuta Dariene criou as peças pensando nas necessidades das pessoas com deficiência (Foto: Arquivo Pessoal)
Dariene pensou nas necessidades das pessoas
com deficiência (Foto: Arquivo Pessoal)
 
"De início eu pensei na questão da pessoa com cadeira de rodas, que usa prótese de membro inferior. Dependendo da patologia que ela teve, da sequela, acaba tendo dificuldade... Às vezes é com o comprometimento da parte urinária, às vezes essa pessoa usa fraldas. Se antes ela vestia número 40, vai ter que comprar um número a mais”, diz. Por isso, o modelo de calça que desenvolveu tem elástico e é um pouco mais “fofo” atrás caso a pessoa use fraldas.

As peças também têm aberturas dos lados e fechamento com velcro, que facilitam na hora de serem vestidas (um cadeirante, por exemplo, consegue se vestir deitado).  “Algumas pessoas usam cateterismo que é uma sonda de alívio, têm a necessidade de tirar a calça a cada três horas.” Os modelos facilitam, ainda, a vida daqueles que precisam da ajuda de um cuidador para se vestir, comenta.
 
 
Mercado
 
 Em cerca de duas semanas de funcionamento do site, foram vendidas dez calças jeans. Os preços, contudo, são um pouco superiores aos de modelos convencionais encontrados em grandes varejistas, e são em torno de R$ 200.  "As peças são personalizadas e acabam levando uma quantidade maior de tecido devido às adaptações. Também procuramos levar em consideração a qualidade da matéria-prima. Porém, há a facilitação de parcelamento, permitindo a compra em até 12 vezes", diz.
 
Ao todo, foram investidos R$ 40 mil no projeto e criação da empresa, que recebeu o nome de Lado B – Moda inclusiva. “Contei com os serviços de uma agência de publicidade para desenvolvimento da marca, assim como de uma agência de website para a criação da loja virtual”, diz. “A nossa expectativa é que se torne um negócio realmente sólido e lucrativo”.
 
 
Leia toda a matéria aqui: g1
 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Mais um ano!


"Obrigada Senhor por me conceder mais um ano de vida, com saúde, paz e junto aos meus."




 
 
 
"Tu criaste o íntimo do meu ser
e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste
de modo especial e admirável.
Tuas obras são maravilhosas!
Digo isso com convicção. Meus ossos não estavam escondidos de ti
quando em secreto fui formado
e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu embrião;
todos os dias determinados para mim
foram escritos no teu livro
antes de qualquer deles existir. Como são preciosos para mim
os teus pensamentos, ó Deus!
Como é grande a soma deles! "


"Ensina-nos a contar os nossos dias de tal maneira que alcancemos corações sábios."
(Salmos 90:12)

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Einstein inaugura Centro de Tratamento e oferece nova técnica contra o Parkinson

Einstein inaugura Centro de Tratamento e oferece nova técnica contra o Parkinson

Terapia de Estimulação Cerebral Profunda minimiza imediatamente tremores, rigidez e movimentos involuntários
 
Em parceria com a Cleveland Clinic, o Einstein começará a realizar uma cirurgia que reduz os principais sintomas da doença de Parkinson: tremores, rigidez e lentidão dos movimentos. A terapia de Estimulação Cerebral Profunda, ou Deep Brain Stimulation (DBS) em inglês, é usada em conjunto com algumas medicações e pode ser considerada efetiva, ajustável e reversível.
O gerente de práticas médicas do Einstein, Porter Kevin Jones, destaca a importância da consultoria da Cleveland Clinic, orientada pelo dr. André Machado, para o Einstein: “Somente centros de excelência realizam esse tipo de cirurgia. A ideia é que a parceria entre a universidade estrangeira e membros do corpo clínico do Einstein, com formação e inserção internacional, garanta aos pacientes um padrão de excelência no atendimento em um contexto multidisciplinar.”
"Durante a cirurgia são implantados, primeiramente, dois eletródios em áreas profundas do cérebro, que serão estimuladas por um gerador de pulsos colocado sob a pele na região da clavícula”, afirma o neurologista André Felicio. “Os impulsos elétricos são enviados do gerador até o cérebro, modulando a atividade de estruturas nervosas responsáveis pelos sintomas da doença.”
A localização da área do cérebro onde os eletródios serão implantados é definida por um sistema de coordenadas tridimensionais, que possibilita uma precisão milimétrica, segundo o neurocirurgião Guilherme Lepski. “Na primeira parte do procedimento, o cirurgião registra a atividade elétrica cerebral e depois realiza testes clínicos para determinar se a estimulação elimina os sintomas motores da doença e se causa efeitos colaterais.”


Eletródios - Implantados dentro do cérebro, eles entregam as estimulações para áreas alvo. - Neuroestimulador - Gera e envia impulsos elétricos para partes específicas do cérebro. Os geradores devem ser trocados de 5 a 10 anos de uso. Os parâmetros da estimulação podem ser ajustados pelo médico.

Os ajustes dos parâmetros da corrente elétrica são realizados pelo médico por meio de um controle remoto – ajustado por radiofrequência. O paciente também consegue fazer alguns ajustes, mínimos, dentro de um padrão estabelecido pelo médico.
De acordo com a neurologista Gisele Sampaio Silva é muito importante reconhecer o tipo de paciente que será beneficiado pela nova técnica. “O paciente com melhores chances de resposta ao tratamento deve apresentar a forma típica de Parkinson, não possuir demência, depressão, sintomas psicóticos e nem ter condições clínicas descompensadas.”
“Pacientes com doença muito avançada e com grau de comprometimento cognitivo importante não são candidatos à cirurgia, pois a nova terapia é pouco efetiva nesses casos devido ao comprometimento de vários sistemas do cérebro”, explica o professor Lepski.

Principais benefícios

  • Melhora a qualidade de vida dos pacientes com Parkinson;
  • Minimiza o impacto dos sintomas da doença;
  • Diminui a medicação;
  • Aumenta o tempo do efeito dos medicamentos;
  • Melhora os principais sintomas: tremores, rigidez e o excesso de movimentos involuntários (discinesias).
“No início, a doença de Parkinson caracteriza-se predominantemente por sintomas motores. A terapia de Estimulação Cerebral Profunda libera os movimentos e restaura o padrão de motricidade normal em um doente que tipicamente tem sua cognição preservada, é socialmente ativo, tem a memória e concentração, mas não consegue se locomover”, diz o prof. Lepski.

Riscos

  • AVC hemorrágico (rompimento de artéria cerebral);
  • Infecções da ferida operatória;
  • Alterações psiquiátricas;
  • Meningites.
“A estimulação também pode causar alguns efeitos como contrações musculares, formigamento e dormência, porém eles são transitórios, uma vez que os parâmetros de estímulo podem ser ajustados para minimizar os efeitos colaterais e atingir o controle máximo dos sintomas”, conta o dr. Felicio.


Fontes:
Profa. dra. Gisele Sampaio Silva, neurologista, Gerente Médica do Programa Integrado de Neurologia do Einstein, residência e doutorado pela UNIFESP, especialização pela Universidade de Harvard
Dr. André Felicio, neurologista do Einstein, residência e doutorado pela UNIFESP, ex-fellow pela British Columbia University, Canadá
Prof. dr. Guilherme Lepski, neurocirurgião do Einstein, doutor pela USP e pela Universidade de Freiburg, professor de neurocirurgia pela USP e pela Universidade de Tübingen, Alemanha
Porter Jones, gerente de práticas médicas do Hospital Albert Einstein
 
 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

COMO ENFRENTAR E CONVIVER COM O JOANETE?
















 

Um problema muito comum nos pés é o hálux valgo, mais conhecido como joanete, que aparece relacionado ou não à atividade esportiva. Porém, alguns fatores podem aumentar a predisposição do atleta à essa alteração, o que pode comprometer a performance na corrida. Uma maior frequência dessa deformidade entre os corredores está relacionada à participação crescente em atividades esportivas, principalmente de pessoas com mais de 40 anos, o que resulta num aumento considerável do número de lesões ligadas ao joanete.

O tratamento mais divulgado para o joanete é a cirurgia, contudo, como fisioterapeutas, além de informar o que é e porque acontece, vamos focar nesta matéria a possibilidade de um tratamento conservador, pouco explorado no meio ortopédico.

O hálux valgo é um desvio lateral do dedão do pé com o desvio medial do primeiro osso do metatarso (osso longo do "peito" do pé). Essa deformidade pode progredir para uma subluxação da articulação metatarsofalangeana, ou seja, resulta na perda do contato articular desses dois ossos que sofrem o desvio.

Muitas causas possíveis. O joanete ocorre quase que exclusivamente nas sociedades que usam sapato, o que historicamente é evidenciado com um grande aumento na incidência dessa doença após a Segunda Guerra Mundial, quando foram introduzidos modelos de sapatos mais modernos, principalmente com bicos mais finos. Isso também explica a alta prevalência de joanetes em mulheres entre quarenta e sessenta anos.

Apesar do uso de sapatos inapropriados parecer ser a principal causa, fatores intrínsecos têm um papel muito importante na formação do joanete. As principais alterações músculo esqueléticas que causam essa deformidade são: pé plano, pé pronador, contratura (tensão exagerada) do tendão de Aquiles, frouxidão ligamentar, genu valgo (joelho em "x") e hereditariedade.

 
Exame físico
A principal queixa do atleta com joanete é dor na articulação metatarsofalangeana do dedão, que é a articulação do dedão com o pé. Com a alteração do alinhamento ósseo, forma-se uma bursa (bolsa de líquido) na lateral dessa articulação, que facilmente se inflama. Essa bursa sofre irritação e inflamação devido ao trauma direto e a pressão repetitiva decorrente da corrida e do uso de sapato estreito. A pressão exercida pelo sapato pode causar o pinçamento do nervo do dedão, resultando em dor e adormecimento. O adormecimento é muito comum em corredores e pode envolver todos os dedos do pé.

O exame físico deve ser realizado com o atleta sentado e em pé, já que ao colocar o peso do corpo sobre o pé a deformidade, tanto do dedão como qualquer outra alteração biomecânica (de alinhamento), será acentuada. O exame minucioso da musculatura do pé e dos nervos dessa região deve ser realizado.

Em corredores é importante observar a caminhada e a corrida. A observação detalhada da caminhada e corrida na esteira pode revelar alterações mecânicas (músculo-esqueléticas) importantes para a escolha do tratamento adequado. Na nossa experiência, pacientes com joanete comumente apresentam fraqueza do músculo tibial posterior, pé plano (chato) e hiperpronado.

Além do exame físico e da análise da caminhada e corrida, o raio-X pode auxiliar na identificação de outras anormalidades, como dedos em martelo ou em garra, subluxações e luxações do segundo dedo decorrente da gravidade do joanete. O raio-X também esclarece o quanto severo é o joanete.

A formação do joanete resulta na limitação do movimento da articulação do dedão. Se levarmos em consideração que a corrida acarreta em uma sobrecarga (250% do peso corporal) sobre os ossos da parte da frente do pé, enquanto que a caminhada resulta em apenas 80% do peso corporal, fica claro o quanto a limitação funcional do movimento do dedão pode comprometer a performance do atleta.
 
Tratamento conservador
 
O tratamento conservador deve ser a primeira alternativa, principalmente no caso de corredores, já que a cirurgia de correção do hálux valgo tem como principal consequência a rigidez ou diminuição do movimento da articulação metatarsofalangeana. Consequência essa que pode prejudicar o rendimento do corredor e principalmente alterar a pisada, formando um mecanismo compensador que pode levar a outros problemas ortopédicos.

O tratamento do hálux valgo deve focar não apenas a deformidade do dedão, mas também as alterações biomecânicas que, associadas, podem causar essa deformidade.

O tratamento inicial tem como objetivo diminuir a dor e a inflamação. Para atingir esses objetivos a fisioterapia pode fazer uso da aplicação do ultra-som, gelo e mobilização articular do hálux. A utilização de medicação anti-inflamatória auxilia o tratamento fisioterápico e deve ser prescrita por um especialista (ortopedista). É de extrema importância que as atividades atléticas sejam modificadas para reduzir o stress causado no joanete. Deve-se evitar corrida em terrenos irregulares (principalmente com subidas), treinos de tiro e atividades que envolvam chutes (futebol e lutas marciais) ou posturas ajoelhadas. As atividades mais indicadas para essa fase são: ciclismo, natação, remo e deep running (corrida dentro da água com uso de flutuadores).

Com a redução da dor o fisioterapeuta deve focar na restauração da mecânica normal da marcha, o que envolve equilíbrio muscular e adequado alinhamento das articulações do membro inferior. Assim que o atleta referir melhora da dor, devem ser iniciados o relaxamento e alongamento dos músculos e tendões da perna e pé que se apresentam encurtados, para que se evite qualquer limitação do movimento nestas regiões.

Os principais músculos a serem alongados são: os músculos da panturrilha (gastrocnêmio e sóleo) e o músculo que dobra o dedão (flexor longo do hálux). O alongamento do músculo do dedão deve ser realizado e instruído pelo fisioterapeuta, que ao aplicar suave tração na articulação buscará primeiramente o alinhamento da articulação, já que deformidade deve ser corrigida manualmente antes da aplicação de força na direção que se deseja alongar. O fisioterapeuta deve ensinar e treinar o atleta para que este repita o alongamento três a quatro vezes ao dia.

Simultaneamente com os exercícios de alongamento deve ser iniciado um programa de fortalecimento para a musculatura intrínseca do pé e músculos da perna. Os músculos mais importantes a serem fortalecidos são: músculos abdutores e rotadores externos do quadril, tibial posterior (este músculo ajuda no suporte do arco do pé, controlando a pronação) e os músculos da sola do pé.

A progressão do número de repetição e resistência indicada para cada exercício depende da força inicial de cada músculo e da presença de dor um dia após os exercícios. Portanto, deve ser definida pelo fisioterapeuta que está guiando o seu tratamento.

O programa de fisioterapia dura em média duas a cinco semanas. Ao retornar à corrida o atleta deve manter os exercícios de alongamento e fortalecimento duas a três vezes por semana.

Cirurgia

Alguns corredores po­dem não obter sucesso com o tratamento conservador, principalmente nos casos em que a alteração da articulação é mais acentuada. Para estes casos a cirurgia pode ser uma boa opção, já que atualmente a correção do alinhamento do dedão é menos agressiva, permitindo uma recuperação mais rápida e com menos sequelas.
Fonte: Revista Contra Relógio
 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O Poder da Oração

Oração evita que mulher seja estuprada

Oração evita que mulher seja estuprada

Diante de um inevitável estupro, uma mulher da cidade de Tampa, na Flórida, acabou se livrando de maneira milagrosa. O caso foi relatado pela polícia, que preferiu não divulgar o nome dela.
Charlie Bates, 24, já havia cometido vários estupros na região. Na última quinta-feira à noite, ele invadiu o apartamento da mulher e a mandou tirar a roupa. Enquanto obedecia às ordens do criminoso, ela começou a orar e recitar João 3:16. Ao ouvi-la fazer isso, Bates pediu desculpas pelo que havia feito, permitiu que ela se vestisse e pediu que orasse por ele. Ele a acompanhou durante a prece e depois saiu correndo do apartamento.
Segundo o relato da polícia, a mulher ainda tentou entregar uma Bíblia a Bates, diante da recusa ela arrancou algumas páginas do livro e deu a ele.  Quando percebeu que ele não voltaria, ela chamou as autoridades.
Pouco mais de 12 horas depois, Bates morreu em um tiroteio com a polícia. Foi o desfecho de uma verdadeira “caçada humana” após ele ter feito assaltos, roubado um carro e ser perseguido por quase 100 policiais e um helicóptero. As vítimas de Bates dizem que ele sempre ameaçava as mulheres de morte e a polícia continua investigando homicídios que podem ter sido cometidos por ele.
Com uma longa ficha policial, Bates vem cometendo crimes desde 2009, que incluía tráfico de drogas. Somente no mês passado, quatro mulheres já haviam sido estupradas por ele. Ele também havia entrado em casas para roubar e inclusive invadiu uma festa e ameaçou 25 pessoas com uma pistola.  Com informações Charisma News.


"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16


E nisto creio!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Canto Alegretense: Hino gaúcho completa 30 anos em setembro

Canto Alegretense: Hino gaúcho completa 30 anos em setembro Mateus Bruxel/Agencia RBS
Os Fagundes, Ernesto (E, acima), Bagre, Neto, Paulinho e Nico, no palco do Araujo Viana, no Parque Farroupilha

A música de Bagre e Nico Fagundes ultrapassou fronteiras e foi interpretado por grandes nomes da música daqui e de todo lugar
 
Um hino da nossa terra, que ressalta o orgulho de quem nasceu no Rio Grande do Sul, completa 30 anos em setembro. O Canto Alegretense, de Bagre e Nico Fagundes, ultrapassou fronteiras e foi interpretado por grandes nomes da música daqui e de todo lugar! Também é um dos responsáveis pelo estouro do Guri de Uruguaiana, que faz versões hilárias da canção.
Para celebrar a data, um grande show está marcado para o dia 13 de setembro, no Araújo Vianna, com Os Fagundes e participações especiais. Para contar tudo sobre a festa e explicar a origem do hino - e as palavras difíceis da letra -, além de dar detalhes deste sucesso do cancioneiro, o Diário passou uma manhã com a família Fagundes!
 
 
Assim, tudo começou...
 
Em 1983, Antônio Augusto Fagundes, hoje com 78 anos, era advogado em um escritório de Porto Alegre, ao lado de Edson Dutra, do grupo Os Serranos, e de Geraldo. Da sua sala, ouviu o segundo colega:
- Nico, tenho uma audiência em Alegrete. Onde fica?
Não me perguntes onde fica o Alegrete, segue o rumo do teu próprio coração - respondeu Nico, natural da cidade na Fronteira Oeste do Estado.
 
 
Facilidade para escrever é um dom de Nico
 
Em poucos minutos, o poema foi concluído por Nico. Seu irmão Bagre musicou a letra, usando a sua gaitinha de quatro baixos, que conheceu na adolescência e que o acompanharia por toda a vida.
- Uma das principais marcas do Nico é a espontaneidade - comenta Ernesto, 45 anos.
A primeira vez que a música foi executada por Os Fagundes, tendo Neto, 49 anos, como intérprete, ocorreu na Tertúlia de Santa Maria, entre agosto e setembro de 1983.
 
 
Até os gringos renderam-se
 
Em 30 anos, o Canto Alegretense foi interpretado por grandes nomes da música nacional e internacional, como Alcione e a banda britânica Deep Purple.
- Mas acredito que a grande explosão do Canto foi quando Os Serranos a gravaram, lá por 1987 - relembra Bagre, 73 anos.
Outro marco, diz Ernesto, foi quando Os Fagundes, que ainda era um quarteto (sem Paulinho), interpretou o sucesso no programa Galpão Crioulo, da RBS TV.
- O pai, com uma gaitinha, mudou a música do Rio Grande do Sul! - orgulha-se Ernesto, filho de Bagre assim como Paulinho e Neto.
- O Canto é uma coisa abençoada! - completa Paulinho Fagundes, 38 anos.


Garoto-propaganda
 
Um dos principais nomes do humor gaúcho, Jair Kobe teve a sua trajetória modificada pelo Canto Alegretense.

- Tenho um carinho muito grande por esta música. Quando pensei em trabalhar com ela, foi, principalmente, pela sua grandiosidade - explica Jair.
Em 2001, quando fez a primeira e hilária versão do Canto, com Garota de Ipanema, de Tom Jobim, viu o seu personagem ficar famoso:
- A partir dali, o Guri de Uruguaiana foi crescendo, e o Canto ganhou outras versões. Até hoje, foram mais de 40, pois a facilidade dos versos se adapta a qualquer ritmo.
 


Canto Alegretense - Os Fagundes
youtu.be

sábado, 7 de setembro de 2013

O 7 de Setembro




Denomina-se Independência do Brasil o processo que culminou com a emancipação política do território brasileiro do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822), no início do século XIX, e a instituição do Império do Brasil (1822-1889), no mesmo ano. Oficialmente, a data comemorada é a de 7 de setembro de 1822, em que ocorreu o chamado "Grito do Ipiranga". De acordo com a historiografia clássica do país, nesta data, às margens do riacho Ipiranga (atual cidade de São Paulo), o Príncipe Regente do Brasil, então D. Pedro de Alcântara de Bragança (futuro imperador Dom Pedro I do Brasil), terá bradado perante a sua comitiva: "Independência ou Morte!". Determinados aspectos dessa versão, no entanto, são contestados por alguns historiadores em nossos dias.
À época, em 1822, a data tomada como marco da Independência foi o 12 de outubro, dia do aniversário de Pedro I e de sua aclamação como imperador, conforme registrado pela historiadora Maria de Lourdes Viana Lyra, titular do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, e publicadas em 1995. A conclusão de seu estudo indica que o "grito" foi uma construção "a posteriori" e que acabou consolidado no quadro encomendado a Pedro Américo, produto da fértil imaginação do pintor, onde, entre outras incoerências, mostra D. Pedro cercado pela Guarda Imperial (os hoje chamados de Dragões da Independência), antes dele ser proclamado Imperador.



Independência ou Morte, de Pedro Américo (óleo sobre tela, 1888).


À semelhança do processo de independência de outros países latino-americanos, o de independência do Brasil preservou o status quo das elites agroexportadoras, que conservaram e ampliaram os seus privilégios políticos, econômicos e sociais.
Ao contrário do ideário do Iluminismo, e do que desejava, por exemplo, José Bonifácio de Andrada e Silva, a escravidão foi mantida, assim como os latifúndios, a produção de gêneros primários voltada para a exportação e o modelo de governo monárquico.

O Brasil negociou com a Grã-Bretanha e aceitou pagar indenizações de 2 milhões de libras esterlinas a Portugal num acordo conhecido como Tratado de Amizade e Aliança firmado entre Brasil e Portugal. A Grã-Bretanha saiu lucrando, tendo início o endividamento externo do Brasil. Quando D. João VI retornou a Lisboa, por ordem das Cortes, levou todo o dinheiro que podia — calcula-se que 50 milhões de cruzados, apesar de ter deixado no Brasil a sua prataria e a enorme biblioteca, com obras raras que compõem hoje o acervo da Biblioteca Nacional. Em consequência da leva deste dinheiro para Portugal, o Banco do Brasil, fundado por D. João ainda 1808, veio a falir em 1829.

(Wikipédia)



Ficheiro:Monumento à Independência 04.JPG
Monumento à Independência

O Parque da Independência, inaugurado em 1988 no bairro do Ipiranga, na cidade de São Paulo, faz parte do patrimônio histórico nacional brasileiro. Abriga o Museu do Ipiranga, o Monumento à Independência, jardins e a Casa do Grito.



[Independência mesmo?]
 

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Máscara respiratória para as crises epiléticas em 20 segundos

Máscara respiratória será testada em pacientes com doença epiléptica

Equipamento tem potencial para prevenir e conter as crises convulsivas apenas através da regulação da respiração


Pesquisadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, desenvolveram uma máscara respiratória que pode revolucionar o tratamento de crises epilépticas.
O equipamento tem potencial para prevenir e conter as crises epilépticas apenas através da regulação da respiração.
A máscara respiratória, desenvolvida pelo estudante de doutorado Troels Johansen, vai, agora, ser testada em pacientes com doença epiléptica.
De acordo com os pesquisadores, a máscara tem potencial para parar um ataque epiléptico em 20 segundos, enquanto outras drogas levam até 5 a 10 minutos antes de funcionar.
Por meio de um saco de re-inalação e uma membrana especial, a máscara aumenta a quantidade de dióxido de carbono no ar inalado, sem que o paciente fique sem oxigênio. Isto tem um efeito imediato sobre o sistema nervoso e para o ataque epiléptico. Porque quanto mais convulsões, maior o risco de danos.
A máscara respiratória, chamada BalancAir, recebeu um prêmio por causa de seu grande potencial.
"O júri salientou que é um produto inovador, que é único no tratamento desta doença e, portanto, tem um enorme potencial de mercado", afirma Johansen.
A máscara está prestes a ser testada clinicamente em colaboração do Aarhus University Hospital em um grupo de pacientes com diferentes tipos de epilepsia.
 
 

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Equilíbrio radical com o Spin

Imagem 3D meramente ilustrativa

Quem pega onda ou pratica algum esporte com prancha vai gostar da novidade. A nova linha Fitness da Mormaii tem um equipamento exclusivo que ajuda a desenvolver técnicas específicas para esportes como surf, stand-up, kitesurf, windsurf, snowboard, wakeboard e skate: o Spin.
Esse aparelho faz parte do novo método de treinamento da marca, que integra Pilates, treinamento funcional e elementos do five® konzept. Ele parece uma prancha mesmo, mas a base fica instável, apoiada em uma bola. Dá até pra simular a descida do skate na rampa. Legal, né?
 
O Spin trabalha todo o corpo, tem várias possibilidades de exercícios e é ideal para qualquer pessoa, não é preciso ser um esportista. Independente do preparo físico ou da experiência com o esporte ele ajuda na estabilidade e no equilíbrio do corpo, simulando exercícios em pé, sentado, deitado sobre ele e com apoio de braços e mãos – exatamente como funcionam os esportes com prancha.
A adrenalina aumenta com os exercícios de salto e giro que o Spin pode fazer. “O diferencial do equipamento é o quanto ele pode ser fácil e desafiador ao mesmo tempo. Alguns exercícios são fáceis e com muita estabilidade, mas dependendo da forma que for utilizado, com o auxílio de elásticos, por exemplo, eles se tornam extremamente avançados”. Palavras da instrutora de Pilates e uma das treinadoras oficiais do método, Renata Gailey.
Nos exercícios em pé, o Spin trabalha bastante a estabilidade dos tornozelos, joelhos e quadris e toda a musculatura inferior do corpo. Permite trabalhar braços e oblíquos e fortalece o “core”, que é o centro do corpo. Quer mais? Também pode ser usado para reabilitação. Ele faz movimentos bem parecidos com os acessórios de Pilates, treinamento funcional e fisioterapia.
Se segura que o Spin vai ser lançado nesta quinta-feira, dia 5, na 14ª IHRSA – São Paulo. Depois disso vai estar disponível junto com a formação no método integrado Mormaii.


revistapilates

O Dia da Amazônia




A Amazônia é a maior floresta tropical do planeta. Ela ocupa um território muito extenso e tem uma variedade de animais, plantas e rios tão grande que ajuda a controlar o clima na terra.

 Lá estão 50% de todas as espécies do planeta. Estima-se que a região possui:

- 50 mil espécies de plantas.
 
 
PLANTAS E FLORES PARA TODOS OS GOSTOS
Estima-se que existam na Amazônia mais de 5 milhões de espécies vegetais. Desse total, apenas 30 000 foram identificadas. Mesmo assim, elas representam 10% das plantas que há em todo o planeta.
 

- 3 mil espécies de árvores.

- 1.200 espécies de aves.

- 320 espécies de mamíferos.
 
 
O MACACO-INGLÊS
O uacari-branco só existe na reserva de Mamirauá, no Amazonas. O apelido vem do corpo branco e da cara vermelha, como um europeu que torrou sob o sol da Amazônia.
 
- 3 mil espécies de peixes.

- 400 espécies de anfíbios.
 
 
O REINO DOS SAPOS
Apenas uma região da Amazônia, o Alto Juruá, tem mais de 140 espécies de sapo.
 
- 300 espécies de répteis.

- 10 milhões de espécies de insetos.
 
O tamanho da nossa floresta  impressiona. Abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso, ela possui a maior biodiversidade do planeta e guarda cerca de um quinto das reservas de água doce do mundo.
 
Esta maravilha encontra-se aqui mesmo dentro do nosso país. Apesar do interesse da maioria em querer a preservação da Amazônia, parece que as medidas são pouco efetivas, pois o desmatamento segue à proporções alucinantes. Uma minoria sedenta por lucros ainda domina e o descaso continua.
 
Segundo o Greenpeace, há 40 anos, a floresta estava praticamente intacta, cobrindo com um tapete verde metade do território brasileiro, concentrando-se na região norte do país. Hoje, 18% do bioma já foi perdido em nome de um modelo predatório de desenvolvimento.
 
 
Veja notícias sobre desmatamento em: greenpeace
 
 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

"Acordei doente mental!"

Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista, através deste artigo, mostra o caminho que está trilhando a psiquiatria moderna. Em apenas algumas páginas da nova edição do DSM5, ela  constatou fazer parte de um grupo cada vez maior de "doentes mentais", de acordo com este manual. Veja abaixo alguns trechos da reportagem e tire as suas conclusões. Abaixo segue o link com toda a reportagem.


Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista. Autora de um romance - Uma Duas (LeYa) - e de três livros de reportagem: Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua  -  (Foto: Lilo Clareto/Divulgação)

A poderosa American Psychiatric Association (Associação Americana de Psiquiatria – APA) [lançou neste final de semana - reportagem do dia 20/05/13] a nova edição do que é conhecido como a “Bíblia da Psiquiatria”: o DSM-5. E, de imediato, virei doente mental. Não estou sozinha. Está cada vez mais difícil não se encaixar em uma ou várias doenças do manual. Se uma pesquisa já mostrou que quase metade dos adultos americanos tiveram pelo menos um transtorno psiquiátrico durante a vida, alguns críticos renomados desta quinta edição do manual têm afirmado que agora o número de pessoas com doenças mentais vai se multiplicar. E assim poderemos chegar a um impasse muito, mas muito fascinante, mas também muito perigoso: a psiquiatria conseguiria a façanha de transformar a “normalidade” em “anormalidade”. O “normal” seria ser “anormal”.

Descobri que sou doente mental ao conhecer apenas algumas das novas modalidades, que tem sido apresentadas pela imprensa internacional. Tenho quase todas. “Distúrbio de Hoarding”. Tenho. Caracteriza-se pela dificuldade persistente de se desfazer de objetos ou de “lixo”, independentemente de seu valor real. Sou assolada por uma enorme dificuldade de botar coisas fora, de bloquinhos de entrevistas dos anos 90 a sapatos imprestáveis para o uso, o que resulta em acúmulos de caixas pelo apartamento. Remédio pra mim. “Transtorno Disfórico Pré-Menstrual”, que consiste numa TPM mais severa. Culpada. Qualquer um que convive comigo está agora autorizado a me chamar de louca nas duas semanas anteriores à menstruação. Remédio pra mim. “Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica”. A pessoa devora quantidades “excessivas” de comida num período delimitado de até duas horas, pelo menos uma vez por semana, durante três meses ou mais. Certeza que tenho. Bastaria me ver comendo feijão, quando chego a cinco ou seis pratos fundo fácil. Mas, para não ter dúvida, devoro de uma a duas latas de leite condensado por semana, em menos de duas horas, há décadas, enquanto leio um livro igualmente delicioso, num ritual que eu chamava de “momento de felicidade absoluta”, mas que, de fato, agora eu sei, é uma doença mental. Em vez de leite condensado, remédio pra mim. Identifiquei outras anomalias, mas fiquemos neste parágrafo gigante, para que os transtornos psiquiátricos que me afetam não ocupem o texto inteiro.
Há uma novidade mais interessante do que as doenças recém inventadas pela nova “Bíblia”. Seu lançamento vem marcado por uma controvérsia sem precedentes. Se sempre houve uma crítica contundente às edições anteriores, especialmente por parte de psicólogos e psicanalistas, a quinta edição tem sido atacada com mais ferocidade justamente por quem costumava não só defender o manual, como participar de sua elaboração. Alguns nomes reluzentes da psiquiatria americana estão, digamos, saltando do navio. Como não há cordeiros nesse campo, movido em parte pelos bilhões de dólares da indústria farmacêutica, é legítimo perguntar: perceberam que há abusos e estão fazendo uma “mea culpa” sincera antes que seja tarde, ou estão vendo que o navio está adernando e querem salvar o seu nome, ou trata-se de uma disputa interna de poder em que os participantes das edições anteriores foram derrotados por outro grupo, ou tudo isso junto e mais alguma coisa?

Não conheço os labirintos da APA para alcançar a resposta, mas acredito que vale a pena ficarmos atentos aos próximos capítulos. Por um motivo acima de qualquer suspeita: o DSM influencia não só a saúde mental nos Estados Unidos, mas é o manual utilizado pelos médicos em praticamente todos os países, pelo menos os ocidentais, incluindo o Brasil. É também usado como referência no sistema de classificação de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS). É, portanto, o que define o que é ser “anormal” em nossa época – e este é um enorme poder. Vale a pena sublinhar com tinta bem forte que, para cada nova patologia, abre-se um novo mercado para a indústria farmacêutica. Esta, sim, nunca foi tão feliz – e saudável.
O crítico mais barulhento do DSM-5 parece ser o psiquiatra Allen Frances, que, vejam só, foi o coordenador da quarta edição do manual, lançada em 1994. Professor emérito da Universidade de Duke, ele tem um blog no Huffington Post que praticamente usa apenas para detonar a nova Bíblia da Psiquiatria. Quando a versão final do manual foi aprovada, enumerou o que considera as dez piores mudanças da quinta edição, num texto iniciado com a seguinte frase: “Esse é o momento mais triste nos meus 45 anos de carreira de estudo, prática e ensino da psiquiatria”. Em carta ao The New York Times, afirmou: “As fronteiras da psiquiatria continuam a se expandir, a esfera do normal está encolhendo”.
Entre suas críticas mais contundentes está o fato de o DSM-5 ter transformado o que chamou de “birra infantil” em doença mental. A nova patologia é chamada de “Transtorno Disruptivo de Desregulação do Humor” e atingiria crianças e adolescentes que apresentassem episódios frequentes de irritabilidade e descontrole emocional. No que se refere à patologização da infância, o comentário mais incisivo de Allen Frances talvez seja este: “Nós não temos ideia de como esses novos diagnósticos não testados irão influenciar no dia a dia da prática médica, mas meu medo é que isso irá exacerbar e não amenizar o já excessivo e inapropriado uso de medicação em crianças. Durante as duas últimas décadas, a psiquiatria infantil já provocou três modismos — triplicou o Transtorno de Déficit de Atenção, aumentou em mais de 20 vezes o autismo e aumentou em 40 vezes o transtorno bipolar na infância. Esse campo deveria sentir-se constrangido por esse currículo lamentável e deveria engajar-se agora na tarefa crucial de educar os profissionais e o público sobre a dificuldade de diagnosticar as crianças com precisão e sobre os riscos de medicá-las em excesso. O DSM-5 não deveria adicionar um novo transtorno com o potencial de resultar em um novo modismo e no uso ainda mais inapropriado de medicamentos em crianças vulneráveis".

A epidemia de doenças como TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) tem mobilizado gestores de saúde pública, assustados com o excesso de diagnósticos e a suspeita de uso abusivo de drogas como Ritalina, inclusive no Brasil. E motivado algumas retratações por parte de psiquiatras que fizeram seu nome difundindo a doença. Uma reportagem do The New York Times sobre o tema conta que o psiquiatra Ned Hallowell, autor de best-sellers sobre TDAH, hoje arrepende-se de dizer aos pais que medicamentos como Adderall e outros eram “mais seguros que Aspirina”. Hallowell, agora mais comedido, afirma: “Arrependo-me da analogia e não direi isso novamente”. E acrescenta: “Agora é o momento de chamar a atenção para os perigos que podem estar associados a diagnósticos displicentes. Nós temos crianças lá fora usando essas drogas como anabolizantes mentais – isso é perigoso e eu odeio pensar que desempenhei um papel na criação desse problema”. No DSM-5, a idade limite para o aparecimento dos primeiros sintomas de TDAH foi esticada dos 7 anos, determinados na versão anterior, para 12 anos, aumentando o temor de uma “hiperinflação de diagnósticos”.

Leia o restante aqui: época


Eliane Brum é autora de um romance - Uma Duas (LeYa) - e de três livros de reportagem: Coluna Prestes – O avesso da lenda (Artes e Ofícios), A vida que ninguém vê (Arquipélago, Prêmio Jabuti 2007) e O olho da rua - uma repórter em busca da literatura da vida real (Globo).

 

Engenharia Genética X Moralidade

"Não devemos aceitar a imortalidade"


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Um dos mais conceituados pensadores da atualidade, o filósofo americano Michael Sandel critica a manipulação do material genético sem finalidade médica e alerta para os riscos de se querer controlar a natureza humana

por Monique Oliveira
 
 
Trocar um gene defeituoso por outro, saudável, e curar uma doença é um feito louvável. Mas e se a modificação genética fosse feita somente para tornar o ser humano mais forte, mais bonito? Essa é uma das polêmicas surgidas a partir do florescimento de tecnologias capazes de modificar o DNA e também é um dos temas do novo livro do filósofo americano Michael Sandel, “Contra a Perfeição”. Professor de filosofia política da Universidade Harvard (EUA) e celebrado como um dos mais brilhantes pensadores da atualidade, Sandel acredita que os feitos proporcionados pela engenharia genética – entre eles a seleção dos melhores embriões ou a escolha do sexo do filho – impõem à sociedade um espinhoso desafio moral que, no limite, chega ao questionamento do que representa a própria humanidade. De passagem por São Paulo para o lançamento da obra, Sandel falou à ISTOÉ.
 
 
ISTOÉ – Até onde pode ir a engenharia genética?
Michael Sandel – Sou contra o uso desse recurso para fins não médicos. E o que se tem visto de potencial não médico é o uso dessa tecnologia em atletas, por exemplo, o que poderia aumentar sua competitividade.
 
ISTOÉ – E por que isso seria questionável?
Sandel –
Entendo que se os pais se habituam a escolher o sexo, a cor dos olhos ou a força física de seus filhos sem razão médica, por exemplo, nos arriscamos a viver em uma sociedade na qual as crianças viram objeto de consumo e os pais uma espécie de fábrica. Controlar o futuro dos filhos, determinar-lhes o sexo antes do nascimento ou usar a bioengenharia para torná-los super-homens implica tentativa de domínio sobre a natureza. E isso nos tira a sensação de ver a vida como uma dádiva, de estar aberto ao inesperado, de amá-los incondicionalmente.
 
ISTOÉ – Essa busca da perfeição poderia levar à volta da eugenia?
Sandel –
A ambição da eugenia é exatamente isso, usar a ciência para controlar a natureza humana até para fins considerados “bons”, para aumentar nossa eficiência. Mas isso levou a políticas de esterilização e ajudou a sustentar o nazismo. E a eugenia não foi um movimento forte só na Alemanha. Não é um problema isolado ou de um momento histórico específico.
 
ISTOÉ – A ciência avança mais rápido do que a moral?
Sandel –
Acredito que devemos nos perguntar o que queremos com a evolução científica. A física nuclear desenvolveu bombas. É uma questão de fim. O conhecimento científico deve ser irrestrito, mas seu uso social necessita ser regulado e submetido ao debate público. O uso sem regras da engenharia genética é perigoso para a humanidade.
 
ISTOÉ – Em seu livro, o sr. cita o caso de um casal de mulheres surdas que, ao acreditarem ser a surdez uma identidade cultural e não uma doença, procuraram por um doador de espermatozoide que tivesse surdos na família. Elas queriam aumentar a chance de ter um filho sem audição. O que o sr. achou disso?
Sandel –
O que me interessa aqui não é a surdez, mas o significado do que é ter um filho. E, nesse sentido, o que foi feito é moralmente questionável. Caso o filho tivesse nascido com uma audição saudável e pudesse, pela engenharia genética, deixar de sê-lo, poderíamos orquestrar uma operação para torná-lo surdo? Provavelmente não. Esse seria um dos riscos da bioengenharia usada sem restrições.
 
ISTOÉ – Muitos cientistas acreditam que recursos como a engenharia genética um dia tornarão o homem imortal.
Sandel –
Não devemos aceitar a imortalidade. A morte, a humildade, a aceitação pelo inesperado e a solidariedade nos humanizam. A sensação de enxergar a vida como uma dádiva é importante para uma sociedade mais justa.