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domingo, 26 de outubro de 2014

Demos Kratos: Democracia






DEMOS: POVO
KRATOS: FORÇA, SOBERANIA, PODER


Portanto: Governo pelo povo
 

Atenas foi fundada pelos jônios, por volta do século X a.C., numa colina, a poucos quilômetros do mar. Como a região possuía bons portos naturais, os atenienses, desde cedo, voltaram-se para a pesca e a navegação.

Sobre os tempos mais antigos de Atenas, sabe-se pouco. É certo que no início havia um rei, mas o poder estava nas mãos de uma aristocracia: os eupátridas, que em grego quer dizer "bem-nascidos". Somente eles podiam ocupar cargos públicos. Além disso, existia o problema da escravização por dívidas e da concentração de terras nas mãos dos eupátridas. Por isso havia uma insatisfação social muito grande, e os conflitos na cidade eram constantes.
 
Para solucionar esses conflitos, foram feitas leis escritas Em 621 a.C., o legislador Drácon publicou o primeiro código de leis de Atenas. Porém logo se viu que, apesar de serem escritas, essas leis não melhoravam a situação da maioria. Por isso, continuou a haver pressão por reformas sociais. Em 594 a.C., o legislador Sólon atendeu a algumas das exigências que vinham sendo feitas: suprimiu a escravidão por dívidas e dividiu a população em quatro categorias de cidadãos, de acordo com o grau de riqueza agrícola. Dessa forma, os privilégios que antes cabiam aos bem-nascidos passavam agora a ser reservados aos mais ricos. O critério de riqueza substituiu o de nascimento.
 
Como não se podia mais escravizar os pobres, os grande proprietários passaram a comprar escravos para trabalhar em seus campos. Nessa época, o número de escravos na Grécia aumentou bastante.

Como as reformas de Sólon ainda excluíam grande parte da população, as lutas sociais continuaram. E assim foi até que, ntre 508 e 506 a.C., um líder ateniense de nome Clístenes fez reformas mais profundas, criando uma democracia - do grego demos (povo), cracia (governo).
 
A parir de 450 a.C., sob a liderança de Péricles, quando Atenas chegou ao seu apogeu, a democracia ateniense foi aperfeiçoada: criou-se um Tribunal Popular (Heliéia) para julgar toda espécie de causas. Nesses tribunais, o próprio júri fazia o papel de juiz, isto é, dava a palavra final. Era composto por 6 000 cidadãos.

O principal órgão da democracia ateniense era a Assembleia do Povo (Eclésia). Dela faziam parte todos os cidadãos de Atenas, isto é, todos os homens com mais de 18 anos e filhos de pais atenienses. Para que mais pessoas pudessem participar, Péricles instituiu uma remuneração, o que permitia que os mais pobres deixassem suas ocupações por um tempo para participar da política. Era essa assembleia que votava as leis, escolhia os magistrados, decidia em que gastar o dinheiro público, se era necessário declarar a guerra ou firmar a paz etc. Enfim, qualquer decisão importante devia ser aprovada por ela.

Um outro órgão era o Conselho de Quinhentos (Bulé), formado por quinhentos cidadãos sorteados anualmente. Uma parte deles vinha do interior; outra, da cidade; e outra ainda, do litoral. Como a escolha se dava por sorteio, tanto os ricos quanto os pobres tinham a mesma chance de ser eleitos. A função do Conselho era preparar os projetos para serem votados pela Assembleia.
 
Já a tarefa de colocar em práticas as decisões tomadas cabia aos estrategos. Em número de dez, eles eram eleitos pela Assembleia do Povo por um ano. Além disso, em tempos de guerra os estrategos chefiavam as forças militares. Para protegerem a sua democracia, os gregos criaram também o ostracismo, que era a suspensão dos direitos políticos e a expulsão da cidade por dez anos.
 
Assim, todos os cidadãos - não importando a profissão e nem a situação financeira - podiam participar diretamente do governo. Não se pode esquecer, porém, que a democracia ateniense não era para todos. Os escravizados, as mulheres, os estrangeiros e os menores de 18 anos não eram considerados cidadãos e, portanto, não tinham o direito de participar da política.
 
mitologiagrega






Atualmente a democracia é exercida, na maioria dos países, de forma mais participativa. É uma forma de governo do povo e para o povo.   
Existem várias formas de democracia na atualidade, porém as mais comuns são: direta e indireta. 

Na democracia direta, o povo, através de plebiscito, referendo ou outras formas de consultas populares, pode decidir diretamente sobre assuntos políticos ou administrativos de sua cidade, estado ou país. Não existem intermediários (deputados, senadores, vereadores). Esta forma não é muito comum na atualidade.
Na democracia indireta, o povo também participa, porém através do voto, elegendo seus representantes (deputados, senadores, vereadores) que tomam decisões em novo daqueles que os elegeram. Esta forma também é conhecida como democracia representativa.  


Democracia no Brasil 



Nosso país segue o sistema de democracia representativa. Existe a obrigatoriedade do voto, diferente do que ocorre em países como os Estados Unidos, onde o voto é facultativo (vota quem quer). Porém, no Brasil o voto é obrigatório para os cidadãos que estão na faixa etária entre 18 e 65 anos. Com 16 ou 17 anos, o jovem já pode votar, porém nesta faixa etária o voto é facultativo, assim como para os idosos que possuem mais de 65 anos.


No Brasil elegemos nossos representantes e governantes. É o povo quem escolhe os integrantes do poder legislativo (aqueles que fazem as leis e votam nelas – deputados, senadores e vereadores) e do executivo (administram e governam – prefeitos, governadores e presidente da república).





Você sabia

- Dia 25 de outubro comemora-se o Dia da Democracia.





 
 
 
 
 

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Epicondilite Lateral: causas, sintomas e tratamento

epicondilite-lateral


Apesar de ser conhecida como “cotovelo de tenista”, a epicondilite lateral não é uma condição limitada a quem pratica esse tipo de esporte. Quaisquer atividades físicas que impliquem em movimentos repetitivos do punho e dedos para cima podem ser fatores de risco para o surgimento da epicondilite lateral, caracterizada como uma inflamação dos músculos e tendões do cotovelo. A incidência na lateral externa do braço – próxima ao cotovelo – é a mais frequente, mas a epicondilite também pode ocorrer na face interna do cotovelo.

Como surge a epicondilite lateral?

Ao utilizarmos, repetidamente, os músculos do antebraço que se ligam ao osso na parte externa do cotovelo, podem surgir algumas fissuras no tendão e, com o tempo, elas podem dar origem a irritações e dores na região onde o tendão se une ao osso.
Não, apenas, atividades ligadas aos esportes podem contribuir para o surgimento da epicondilite lateral, algumas profissões, como pintores, cozinheiros, açougueiros e aquelas que necessitam do uso de computador (teclado e mouse) por longas horas, por exemplo, são também fatores de risco.

 

Sintomas de epicondilite lateral

Os sintomas surgem de forma gradual e, dentre os principais, podem ser destacados:
- Dor intensa na face lateral do cotovelo que pode irradiar para o antebraço – é agravada com a realização de esforços;
- Dificuldades para segurar objetos, como uma xícara de café cheia;
- Queimação na lateral do cotovelo;
- Redução de força para extensão do punho e dos dedos.

 

Prevenindo a epicondilite lateral

É importante adotar posturas adequadas para a realização de quaisquer atividades, seja em casa ou no trabalho. As pausas associadas a alongamentos durante a realização de tarefas também são válidas.

 

Há tratamento para epicondilite lateral?

Inicialmente, deve ser afastada qualquer atividade que piore os sintomas. O segundo passo é incluir o tratamento com a Fisioterapia Traumato-Ortopédica, que oferece exercícios específicos de alongamento, estimulação elétrica dos músculos, dentre outros procedimentos que têm como finalidade diminuir a dor, melhorar a inflamação e evitar maiores lesões.
 
 
 

Bronquite: Causas, Sintomas e Tratamento com a Fisioterapia Respiratória

bronquite-tratamento-fisioterapia

Os brônquios são canais que conduzem o ar inalado até os alvéolos pulmonares. Quando ocorre uma inflamação dessas estruturas surge a bronquite.
 
Existem três classificações para a bronquite:
 
- Bronquite asmática: é causada por alergia respiratória com o acúmulo de secreção nos brônquios;
- Bronquite crônica: caracteriza-se pelo acúmulo de secreção que se estende por mais de três meses;
- Bronquite alérgica: não é contagiosa, mas está intimamente relacionada a uma alergia respiratória.

 

Causas da Bronquite

A bronquite costuma acompanhar uma infecção viral respiratória, mas em alguns casos pode ser resultado de uma infecção bacteriana. Outros fatores de risco também incluem o contato com poluentes químicos e ambientais. Quando a bronquite alcança o nível mais crônico pode acabar aumentando o risco de outras infecções respiratórias, como é o caso da pneumonia. O cigarro é considerado o principal responsável pelo agravamento da doença, daí a bronquite ser conhecida também como “tosse dos fumantes”.

 

Principais sintomas da Bronquite

- Cansaço;
- Tosse que pode ser seca ou produtiva, dependendo da forma aguda ou crônica da doença;
- Dificuldades para respirar (com a manifestação de ruídos) ou até falta de ar;
- Alterações no apetite;
- Febre em muitos casos, mas relativamente baixa;
- “Chiados” ou ronco no peito;
- Expectoração que pode se tornar amarelada e espessa de acordo com a evolução da enfermidade.

 

Tratamento para a Bronquite

Alguns cuidados e procedimentos podem ser bem eficazes para tratar a bronquite:
- Beber bastante líquidos para fluidificar as secreções e facilitar a remoção;
- Repousar;
- Lavar as mãos com frequência;
- Reduzir a exposição à poluição do ar;
- Não fumar ou permanecer em locais com pessoas fumantes;
- Praticar exercícios físicos que auxiliem na melhora da respiração, é o caso da natação;
- Realizar sessões de fisioterapia que auxilia no aumento da capacidade respiratória e também da eliminação de secreções. Técnicas manuais e exercícios que trabalham a respiração são aplicados para favorecer a expectoração, facilitar a respiração e melhorar, inclusive, o estado pulmonar do paciente.
 
 
 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Hoje é o dia dele! Dia do Aviador!





Parabéns à todos os pilotos que escolheram  os céus como seu destino! Em especial ao meu querido esposo que através da sua dedicação transporta não só pessoas, mas sonhos!

domingo, 12 de outubro de 2014

É o dia das Crianças!



 

Hoje comemora-se o dia dos pequenos e me fez lembrar de como era bom ser criança. Me lembro de diversas situações na qual hoje me fazem rir e poder dizer que tive uma infância até que feliz. Nos dias de hoje ser criança está bem difícil ao meu ver, cada dia mais cedo me parecem mais precoces e se influenciam rapidamente com o mundo adulto. Brincar nas ruas, subir em árvores ou a simples ciranda, são brincadeiras que não fazem mais parte da maioria das crianças que eu conheço. Morar na cidade grande também altera a coisas, hoje a falta de segurança impede que elas possam andar livremente como no meu tempo. Outras crianças pelo mundo ou aqui mesmo, são escravas do trabalho ou escravas de coisa pior, outras cresceram sem pais, sem um lar, vitimas de guerras ou de doenças devastadoras. Podemos de uma certa maneira mudar a realidade daquelas que foram sucumbidas aos nossos cuidados como os nossos filhos, ou alunos nos casos dos professores, ou cuidadores, dando a eles todo carinho e atenção que merecem, para que possam chegar na vida adulta sendo pessoas mais felizes. Aquele ditado que diz que devemos ser como eternas crianças, é bem verdade, tá na hora de relaxar um pouco e neste dia voltar a ser criança no real sentindo da palavra. E o que nos faz voltar a ser criança? Vá fundo na memória e ache os prazeres que te fizerem feliz naquela fase da vida que só tínhamos compromissos com os temas. As vezes um simples desenho te faz lembrar o quanto era bom ser criança.
 
Abaixo algumas lembranças do meu tempo de criança:
 
 
 
A família Barba Papa
 
 
 
Os Flintstone
 
 
Os Herculoides
 
 
 
 
 
 
 
O Sítio do Pica-Pau Amarelo
 
 
 
 
 
Amava!!
 
 
 
 
ah! o amor em forma de revista!
 
 
 

Bolita!!!



 

Jogo de bafo!



 

Pular sapata!



 

Jogar taco!


Ah! Eu era feliz e não sabia! rsrs



[imagens retiradas da internet]
 
 

sábado, 11 de outubro de 2014

Mulheres na arte: 500 anos de retratos



 
youtube


Dos rostos angulosos de Picasso à graça do rosto de Venus de Botticelli, movendo-se inevitavelmente para o sorriso da Mona Lisa. E então, novamente a beleza projetada por Renoir, Matisse, Modigliani e outros mestres do retrato. Jogando com esta sobreposição de rostos, 500 anos de história de um feminino foram coletados em apenas três minutos, pelo diretor criativo Philip Scott Johnson em um vídeo que resume o charme inegável, utilizando a técnica de morphing, seu senso na simplicidade do título: "Mulher na Arte". Assim, a melodia de "Suite para Violoncelo Solo", de Bach pode fazer uma viagem através de 90 obras-primas dos últimos séculos .

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Onde nasce o Ebola?

Onde nasce o Ebola?

Em 1988, pesquisadores do Exército americano passaram um mês na caverna de Kitum, no Quênia, procurando a origem do vírus ebola. Não tiveram sucesso. Agora, a doença virou uma emergência mundial.
 
 
Dificilmente o vírus chegará ao Brasil. Mas todos os países precisam se precaver do seu contágio. 
 
A distância vê-se apenas uma fresta estreita e escura, recortada na base da montanha e oculta pela vegetação. De perto, a entrada tem 55 metros de largura, expandindo- se por 200 metros montanha adentro. De dia, a luz penetra na caverna fria e úmida, permitindo vislumbrar parte do interior. Na entrada, pegadas de elefantes formam um mosaico no solo barrento. Toda noite, as manadas entram na caverna Kitum para raspar as paredes com as presas, em busca de sais e minerais. A caverna situada no Parque Nacional Monte Elgon, no Quênia, formada há sete ou oito milhões de anos a partir de erupções vulcânicas, é um caso único no mundo de crescimento por ação de elefantes.
À medida que se penetra no interior, a luz se dissolve na escuridão. O silêncio só é interrompido pelo chilrar dos morcegos que vivem em colônias, dependurados no teto. Embaixo deles há espessas manchas Planeta setembro 2014 de uma substância verde, pegajosa e molhada – o guano (fezes). Prontos para a revoada, centenas de olhos vermelhos observam. Kitum seria apenas uma entre as muitas cavernas africanas se não fosse por um motivo sombrio: os membros da tribo masai que habitam a região sempre tiveram casos de parentes mortos por uma estranha doença que causava sangramento até a morte. Em 1980 e em 1987, dois estrangeiros estiveram em Kitum e contraíram um vírus raríssimo, o marburg, sucumbindo em poucos dias com hemorragias maciças. Foi assim que Kitum entrou no radar dos caçadores dos raros vírus filamentosos, o marburg e seu primo ebola. 
O marburg foi o primeiro “filovírus” (da família filoviridae) descoberto. Na verdade, ele apareceu na Alemanha, em 1967, na cidade de mesmo nome, em macacos trazidos de Uganda pela empresa Behring Works, que produzia vacinas. Em alguns dias, foi o fim do mundo: sete dos 30 funcionários infectados morreram com fortes hemorragias. Mas isso era apenas um introito. Em 1976, outro filovírus mortal surgiu no Sudão, causando devastação em aldeias e comunidades tribais; e, assim como veio, desapareceu, sem ser estudado, definido e classificado. Esse vírus ganhou o nome do rio que atravessa a região, o Ebola.
Meses depois do “ebola Sudão”, outro filovírus mais letal ainda surgiu 800 quilômetros a oeste, na província de Bumba, na atual República Democrática do Congo (antigo Zaire), às margens do rio Ebola, ganhando o nome de “ebola Zaire”. Uma terceira variedade do ebola surgiu inesperadamente em 1989, na cidade de Reston, na Virgínia, nos Estados Unidos, levada por um grupo de macacos importados das Filipinas. Com o tempo, outras mutações surgiram, como o ebola Costa do Marfim (1994) e o raríssimo ebola Bundibugyo (2008), registrado em Uganda. Talvez apareçam outras. 
O marburg mata 25% de suas vítimas. O primo ebola Sudão é duas vezes mais mortífero, matando 50% dos infectados (mesma mortalidade da peste negra na Europa medieval). O vírus da febre amarela, considerado muito perigoso, mata uma a cada 20 vítimas, ou 5%. Já a variedade “ebola Zaire” mostrou-se bem mais agressiva, matando 90% dos infectados. O ebola Reston é o mais benigno: elimina animais, mas causou apenas sintomas semelhantes aos da gripe em humanos. 
 
 
Imprevisibilidade
Desde 1976, quando dois surtos simultâneos surgiram em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, na República Democrática do Congo, e saúde a família ebola foi identificada pela primeira vez, já houve 25 irrupções epidêmicas, sempre no continente africano. Normalmente, as epidemias ocorriam em regiões tribais, atingindo pequenas comunidades com contágio fulminante, e logo desapareciam. Ao matar rapidamente as vítimas, o vírus inviabilizava sua propagação Em 2014, entretanto, a epidemia é a de maior magnitude já registrada. Em 8 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto como “emergência de saúde pública de alcance mundial”. Já são mais de 1.386 mortos e mais de 3.000 infectados. Mais de 80 localidades foram atingidas em três países da África Ocidental – Guiné, Serra Leoa e Libéria, entre capitais, cidades e aldeias. A Nigéria também registrou seus primeiros casos. A Costa do Marfi m e o Senegal estão em estado de alerta contra o vírus altamente contagioso. “De maneira inédita, o surto se espalhou para além da fronteira de três países africanos, tornando-se a maior distribuição geográfica do vírus na história”, afirma Leticia Linn, diretora de comunicação da OMS. 
“O surto de agora tem um caráter inteiramente diferente”, afirma Valdilea Veloso, infectologista da Fiocruz. O clínico português Paulo Reis, 42 anos, que atua na organização Médicos sem Fronteiras, relata grandes dificuldades do trabalho de campo na Guiné: “Desta vez há muito mais gente infectada. Em Uganda as pessoas já conheciam a doença, mas na Guiné nem os médicos tinham ouvido falar dela”, conta. O mais perturbador é que, apesar de quase meio século de pesquisa desde o aparecimento do marburg na Alemanha, os cientistas continuam sem saber quem é o hospedeiro do vírus e ao que se deve o aparecimento das epidemias letais, apesar de suspeitarem de algumas espécies de primatas. 
Na verdade, o ebola Zaire vem se mostrando menos letal do que de costume, matando apenas 60% dos infectados. “Mas estamos chegando ao nosso limite”, afirma Bart Janssens, diretor de operações da Médicos sem Fronteiras. “A epidemia já está fora de controle; necessitamos de reforços e não vejo o recrudescimento do surto em menos de seis meses”, diz. 
 
 
Contágio rápido
Um marco da batalha contra os filovírus foi a morte do homem conhecido como Yu G, no Sudão, em julho de 1976, com hemorragia maciça por todos os orifícios do corpo. O doente trabalhava numa fábrica de algodão nas proximidades da cidade de Nzara, bem perto de uma floresta. Yu G. ficou famoso mundialmente por ser o “caso índex”, o primeiro humano infectado por um vírus desconhecido, o ebola Sudão. Ele ocupava uma sala, nos fundos da fábrica, com morcegos pendurados no teto. Dias após sua morte, dois funcionários apresentaram febre e dores no corpo e morreram com hemorragias devastadoras. Ao contrário do tímido Yu G., um deles era extrovertido e mulherengo e, antes de surgirem os sintomas, espalhou o vírus pela cidade. 
O vírus devastou Nzara e atingiu a vizinha cidade de Maridi, onde havia um pequeno hospital, matando pacientes, atendentes, enfermeiros e médicos. Com poucos recursos, o hospital aplicava injeções com as mesmas agulhas sujas o dia inteiro. Os pesquisadores que rastrearam o surto descobriram que as cadeias de infecção retrocediam de geração em geração até o discreto senhor Yu G. 
No hospital de Maridi, os pacientes entravam em pânico, arrancavam as roupas e corriam pelas ruas, sem entender o que se passava. O surto só arrefeceu quando os doentes morreram e os sobreviventes fugiram da instituição. Assim como surgiu, o ebola Sudão desapareceu subitamente, e o mundo quase não tomou conhecimento desse primeiro surto. O vírus voltou a se esconder em seu reservatório na floresta tropical, secretamente alojado em algum hospedeiro desconhecido. Hoje, 38 anos depois da morte de Yu G., os pesquisadores conseguiram identificar anticorpos e traços genômicos do ebola Sudão em três espécies de morcegos frugívoros.
A variedade ebola Zaire surgiu na aldeia de Yambuku, num pequeno hospital dirigido por freiras missionárias belgas. Ali, as freiras também aplicavam dezenas de injeções utilizando apenas algumas seringas. As pessoas que acorriam ao hospital em busca de alívio para a malária eram infectadas e dias depois morriam de hemorragia. O vírus atacou 55 aldeias ao redor de Yambuku, matando 400 pessoas. Mais uma vez, a epidemia só cessou quando os doentes morreram e os sobreviventes fugiram para a selva.
 
 
Expedição frustrada
Na primavera de 1988, o especialista em biorrisco e caçador de vírus norte-americano Eugene Johnson, diretor do Instituto Médico de Pesquisas de Doenças Infecciosas do Exército dos EUA, liderou uma expedição à caverna Kitum. Levou com ele uma equipe de 35 pessoas, entre médicos, pesquisadores e naturalistas, vasta quantidade de material de pesquisa, tendas, trajes herméticos, armadilhas, cobaias e macacos. 
Como não há sensores para detectar um vírus, o método consagrado de investigação é deixar um animal de sentinela onde se espera que o vírus esteja e esperar que a cobaia adoeça. Os pesquisadores montaram tendas de pesquisa, de necropsia e de descontaminação. Durante um mês, mantiveram-se em trabalho de campo.
Com a ajuda dos quenianos e dos masais do Monte Elgon, capturaram milhares de insetos e centenas de animais de pequeno porte. Estudaram os registros médicos da população e tiraram milhares de amostras de sangue das pessoas e do gado, mas as análises revelaram não serem soropositivas para o marburg, ou seja, não tinham anticorpos da doença e, portanto, não haviam sido expostas a ela. Infelizmente, não foram descobertos vestígios de marburg ou ebola.  
Além da incerteza sobre o hospedeiro, o mais desconcertante continua a ser a velocidade do contágio por contato. Em muitas regiões da África, as mulheres preparam os mortos para o funeral e servem comida no velório. No calor, as cerimônias fúnebres duram dois ou três dias e as pessoas acariciam e abraçam demoradamente o morto, mantendo contato com fluidos cadavéricos saturados de vírus. Em quase todas as epidemias ocorridas, esse foi um importante meio de contágio e as mulheres, os principais vetores. 
O contato sexual é outra via de transmissão. O vírus ebola não viaja pelo ar, como o da gripe. Para que o contágio se dê através do ar, é preciso que haja nebulização de fluidos como tosse, espirros, vômitos e convulsões que espalhem secreções corpóreas. Há também relatos de gente que adoece após ingerir carne de macacos, antílopes e morcegos, animais que integram a dieta em alguns países africanos. 
Não há remédios ou vacinas contra a doença, ainda. O tratamento visa à manutenção da saúde: hidratação, alimentação e contenção da febre. Só o isolamento dos doentes e dos que tiveram contato com estes pode deter a epidemia, a maior dificuldade da missão que tenta combater o ebola na África Os EUA desenvolveram um medicamento experimental, o ZMapp, produzido em quantidade pequena e ainda sujeito a anos de trâmites de testes e aprovação. Diante da gravidade da situação, a OMS autorizou seu uso imediato. Macacos medicados experimentalmente com o ZMapp já foram curados. Dois médicos americanos infectados com o ebola Zaire receberam o medicamento e foram salvos. A OMS acredita que uma vacina pode estar disponível já em 2015. Mas, enquanto isso, todos os países devem se prevenir contra a doença. 
 
 
 
 

Nasa ambiental

Pela primeira vez na sua história, a agência espacial lança cinco satélites ao espaço para executar missões ambientais na Terra.
 
 
 
Este é o ano da Terra. Nosso foco no planeta fará diferença na vida dos povos do mundo inteiro”, diz Charles Bolden, diretor da Agência Espacial Norte-Americana. Em 2014, a Nasa terá no espaço cinco missões de monitoramento das mudanças ambientais no planeta. Quatro já partiram. 
Em 27 de fevereiro, um foguete japonês pôs em órbita o satélite Global Precipitation Measurement (GPM), que vai estudar a formação de chuva e de neve. Em 2 de junho, foi lançado o Orbiting Carbon Observatory (OCO), para medir as emissões de carbono, o gás-estufa que esquenta a temperatura. 
Em 6 de junho, um foguete SpaceX acoplou a plataforma de observação de oceanos ISS-Rapid Scat à Estação Espacial Internacional – em órbita há 11 anos, a 340 quilômetros da Terra. Em 12 de setembro, a plataforma de lasers Cloud-Aerosol Transport System (CATS) também foi acoplada à Estação Espacial para observar as partículas de aerossol que infl uenciam as nuvens e a radiação solar sobre a Terra.
Em novembro, será a vez de o foguete Delta II pôr em órbita o satélite Soil Moisture Active Passive (SMAP), desenhado para recolher dados sobre a umidade do solo e a agricultura, a fim de ampliar a compreensão do ciclo da chuva e da água doce.

O ano da Terra não acaba por aí. Até o fim  de 2014, o avião Global Hawk, equipado com sensores avançados, realizará 12 missões de estudo dos ecossistemas. Da Antártica ao Ártico, os cientistas estudarão as calotas polares, a poluição urbana, os furacões e os ciclones. De olho nas mudanças ambientais.
 
 

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Os jardins mais bonitos do mundo

Os usuários do site theneeds elegeram os 18 jardins mais belos do mundo. Abaixo segue a lista dos escolhidos, eu particularmente, amei os jardins de Taranto e Villa d'Este na Itália.   
 

1. Vila Taranto - Verbania/Itália
Villa Taranto Gardens, Verbania, Italy
villataranto.it/


2. The Gardens at Versailles, Versailles, France

The Gardens at Versailles, Versailles, France


3. Mottisfont Abbey Rose Gardens, Hampshire, UK

Mottisfont Abbey Rose Gardens, Hampshire, UK


4. Gardens at the Cloisters, New York, NY

18 Of The World's Most Beautiful Gardens

5. Ascott House Gardens, Buckinghamshire, UK

Ascott House Gardens, Buckinghamshire, UK


6. Master of the Nets Garden, Suzhou, China

Master of the Nets Garden, Suzhou, China


7. Butchart Gardens, Brentwood Bay, Canada

Butchart Gardens, Brentwood Bay, Canada


8. Innisfree Garden, Millbrook, New York

Innisfree Garden, Millbrook, New York


9. Hidcote Manor Gardens, Gloucestershire, UK

Hidcote Manor Gardens, Gloucestershire, UK


10. Gardens of the Nezu Museum, Tokyo, Japan

Gardens of the Nezu Museum, Tokyo, Japan


11. Kirstenbosch Botanical Garden, Cape Town, South África

Kirstenbosch Botanical Garden, Cape Town, South Africa


12. Beatrix Farrand Garden at Bellefield, Hyde Park, New York

 Beatrix Farrand Garden at Bellefield, Hyde Park, New York


13. Powerscourt Gardens, Enniskerry, County Wicklow, Ireland

Powerscourt Gardens, Enniskerry, County Wicklow, Ireland

14. Royal Botanic Gardens, Melbourne, Australia

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Método RPG em pacientes mastectomizadas

Está começando o Outubro Rosa, mês que faz homenagem as mulheres e traz à todos a conscientização sobre o câncer de mama.


Segue abaixo um artigo cientifico sobre os efeitos do método RPG em pós-mastectomia.





O câncer de mama constitui um dos grandes problemas de saúde pública. Apesar dos avanços no conhecimento da doença, diagnóstico e tratamento, a incidência e a taxa de mortalidade continuam alarmantes. A maioria dos casos necessita de tratamento cirúrgico com remoção parcial ou total da mama acometida, com ou sem exerce dos linfonodos axilares que pode ser parcial ou total. As complicações pós-mastectomia abrangem a esfera física, psíquica, social e emocional e podem ocorrer imediatamente após o ato cirúrgico ou se desenvolver ao longo dos anos. Fisicamente as complicações incluem as aderências cicatriciais, fraqueza no membro superior envolvido, desvios posturais, escápula alada, alterações ventilatórias, edema, linfoedema, seroma, linfocele, atelectasia, hiperestasia do membro fantasma e dor.
 
Psicológicas/emocionais/sociais: redução da auto-estima, ansiedade, depressão, problemas com a imagem corporal, sexualidade e aceitabilidade social. Justifica-se o trabalho físico-emocional do qual é empregado na RPG® por meio do trabalho ativo do paciente e da ênfase na respiração.
 
Alteração Postura: Nosso sistema automático responde s agressões sofridas de maneira modulada, a fim de manter as funções vitais (circulação, respiração, digestão, etc). Consequente ao procedimento cirúrgico, a radioterapia e a quimioterapia, uma série de compensações se instalarão a fim de manter aquelas funções. Um desequilíbrio favorece mudanças estruturais no músculo estriado esquelético e no tecido conjuntivo - adaptação funcional. Estas alterações causam uma diminuição no arco de movimento, favorecendo as lesões, a dor e a diminuição na força de contração máxima levando à mobilidade, encurtamentos musculares e inevitavelmente ás alterações posturais. A imobilização parcial ou total de uma parte do corpo favorece o encurtamento muscular, provocando redução no comprimento das fibras musculares e perda de sarcômeros, os quais aumentam a resistência passiva do músculo durante o alongamento pe1o aumento na densidade do tecido conjuntivo — e essa maior resistência é transmitida como um todo por meio do tecido conjuntivo intramuscular.
 
Alteração Ventilatória: A respiração é a primeira função a ser alterada após uma emoção ou um trauma, por meio dos sistemas nervosos simpático-parassimpático, de modo que ela acelera, retarda, amplia, restringe ou se detém. A mecânica ventilatória predominante na mulher é do tipo costal superior, o que interfere no padrão de respiração. A dor pela incisão cirúrgica altera toda a mecânica respiratória, com diminuição do volume de ar corrente e aumento na frequência respiratória. A postura antálgica pós cirurgia bloqueia e altera a respiração normal e pode tonar-se permanente, provocando ainda mais a redução do volume de ar corrente, com encurtamento, hipertonicidade e perda da flexibilidade dos músculos inspiratórios. A distensibilidade torácica está diretamente relacionada com a elasticidade dos elementos anatômicos do tórax e pulmões, e o mau posicionamento da cintura escapular e posicionamento da coluna vertebral favorecem o enrijecimento destes músculos, causando defasagem nas trocas respiratórias.
 
Benefícios da Reeducação  Postural Global em pós-mastectomizados: A RPG favorece o trabalho ativo do paciente e, quando em decúbito, promove maior insistência do terapeuta na manutenção da respiração diafragmática, ocasionando maior mobilização e flexibilização da musculatura respiratória, principalmente do músculo diafragma, diminuindo a ação dos músculos respiratórios acessórios, com aumento da complacência pulmonar, aumento do volume de ar corrente, diminuindo o trabalho ventilatório, e mantendo uma capacidade inspiratória normal. Este exercício respiratório promove relaxamento muscular, melhora a força, resistência física e coordenação dos músculos respiratórios, mantém ou melhora a flexibilidade do tórax e coluna torácica, assim corno mantém ou melhora a capacidade funcional geral do paciente.
 
Pode-se trabalhar a respiração paradoxal isotônica excêntrica do diafragma com o objetivo de manter o centro frênico do diafragma em posição mais inferior, mantendo o alongamento. Por sua vez, a descida da região superior do tórax provoca um avanço da cabeça e aumento da lordose cervical e enrolamento anterior dos ombros, os quais devem ser corrigidos simultaneamente. O diafragma comporta-se como um verdadeiro acumulador de tensão no centro do corpo, e está ligado a todas as cadeias miofasciais. Por este motivo, enfatiza-se a expiração feita com a boca aberta, sem a mínima resistência ao fluxo de ar.
 
Para melhorar as trocas respiratórias e a distensibilidade do tórax, o princípio fundamental da reeducação respiratória é o de deslocar o individuo no sentido da expiração, para relaxar os músculos inspiratórios, de braços abertos ou fechados,promovendo um alongamento progressivo de todo tecido fibroso, e ainda assim reforçando a musculatura abdominal. È importante lembrar que se deve respeitar a amplitude de movimento dos membros do paciente, progredindo conforme as possibilidades as próprias limitações.
 
Como consequência do trabalho respiratório diafragmático realizado durante as posturas de RPG®, na insistência expiratória, melhora-se o volume de ar corrente, diminuindo a probabilidade de ocorrer outros problemas pulmonares após a mastectomia. Devido às posições antálgicas, assim como pelo deslocamento anormal de massas, haverá alterações da biomecânica corporal para compensar estes desequilíbrios. Entre a deformação morfológica e a patologia articular, haverá também uma rotação da estruturas acometidas, pois esta é a fisiologia da maioria dos músculos. Isto favorecerá a aparição de dores musculares por contratura, assim como dor de origem ligamentar, discal ou articular.
 
O sistema muscular equilibrado é imprescindível para manter uma postura adequada. Para a correção e manutenção das curvaturas vertebrais podem-se realizar posturas de abertura ou fechamento de coxofemoral, com ou sem carga, associando braços abertos ou fechados. Diversos estudos citam que a manutenção de posições em alongamento promove uma resposta viscoelástica dos tendões e aumentam o número de fibras musculares em série e em paralelo, ratificando os resultados obtidos na RPG®. Em investigações acerca das influências do alongamento estático e as propriedades viscoelásticas das estruturas do tendão de humanos vivos, resultados sugeriram que o alongamento diminui a viscosidade das estruturas tendinosas, mas aumenta a sua elasticidade, Ao estudar e descrever sobre este assunto, outros autores concluíram que as melhores opções são o alongamento estático segmentar, o global e a facilitação proprioceptiva neuromuscular. Como efeito imediato do alongamento, o ganho de ADM se deve à diminuição da viscoelasticidade das estruturas, mas após um período de treinamento, deve-se ao ganho do sarcômeros em série.
 
Além destes benefícios o alongamento estático e global mantidos por tempo prolongado, e associados à respiração suave e prolongada consegue eliminar o encurtamento muscular e as fibroses existentes nos tecidos (comprometimentos miofasciais), o que está muito presente nos indivíduos que realizaram mastectomia. A capacidade do alongamento em impedir o encurtamento e a atrofia musculares e ativar a síntese proteica promovendo a adição de sarcômeros em série também é descrita. Sugere-se ainda que a repetição de uma posição de alongamento gera melhores resultados, pois descreve-se uma curva de carga- velocidade, gerada pela transmissão da velocidade de movimento do braço de alavanca muscular contra a carga externa. Com estes dados da curva, percebemos que é evidente a resposta dos tecidos moles á manutenção de posições de alongamento independente do tipo, haverá uma modificação morfofisiológica, com ganho de flexibilidade.
 
Conclusão: A RPG®, buscando identificar as origens do problema por meio de um tratamento individual, ativo e progressivo, e através de técnicas específicas, realizando posturas associadas aos exercícios de respiração, libera grupos musculares em tensão, por meio do alongamento em posições excêntricas. O posicionamento se dá de maneira global, pois as cadeias musculares respondem às tensões assim como o sistema fascial as transmite, e isso promove o alongamento muscular com ativação da síntese proteica, aumento do número de fibras musculares em série e em paralelo, assim como libera estruturas que estão em posição de encurtamento e ou fibrosadas.
 
A Reeducação Postural Global® para indivíduos que realizaram cirurgia de mama tem efeitos em várias funções do organismo, como a respiração (mantendo ou melhorando a dinâmica respiratória e da caixa torácica), a manutenção ou ganho da amplitude de movimentos (estimulando o alongamento muscular e fascial), a melhora na conscientização (e esquema) corporal, e controle dos quadros de alterações psicológicas (ansiedade e depressão).
 
O método pode ser aplicado em pacientes pós-mastectomia e não apresenta contraindicações absolutas. Devemos respeitar a recuperação pós - cirúrgica, aguardando a liberação médica para a reabilitação. Observa-se a necessidade de estudos experimentais e pesquisas bibliográficas para quantificar e qualificar os  resultados e deste modo ratificar ganhos obtidos com a intervenção da RPG® no assunto dissertado.