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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Biólogos descobrem gene que desacelera o envelhecimento

AMPK permitiria viver por mais tempo e com mais saúde (Foto: Moyan Brenn/flickr/creative commons)

O chamado AMPK* estimula um mecanismo das células que descarta materiais envelhecidos

A vida de uma drosófila [mosca-do-vinagre] normalmente dura cerca de seis semanas. Depois que um grupo de biólogos da Universidade da Califórnia induziu um aumento na quantidade do gene AMPK ativa em seus intestinos, passaram a viver com mais saúde por um período de até oito semanas – pode parecer pouco, mas para a realidade do inseto o aumento corresponde a uma expectativa de vida 30% maior. O resultado é promissor pois o gene também está presente no genoma humano, e pode surtir efeitos semelhantes em nosso organismo.
 
Ao invés de estudar as doenças do envelhecimento – Mal de Parkinson e de Alzheimer, câncer, derrame, doença cardiovascular, diabetes – uma por uma, nós acreditamos que pode ser possível intervir no processo de envelhecimento e atrasar o aparecimento de muitas destas doenças”, explica David Walker, biólogo molecular e um dos autores do artigo, publicado na última semana no periódico acadêmico Cell Reports.
 
O gene funciona como uma espécie de sensor de energia da célula, e é ativado naturalmente quando os níveis energéticos estão baixos. O mecanismo que ele origina é a chamada autofagia, através do qual as células descartam resíduos como organelas envelhecidas ou danificadas. Se permanecer por muito tempo no interior celular, este “lixo” pode causar danos, provocando o envelhecimento. Apesar de ter sido focado no intestino dos animais, uma vez estimulada, a ação do AMPK se estende pelo corpo todo.

“Nós mostramos que quando ativamos o gene no intestino ou no sistema nervoso, vemos que o processo de envelhecimento é desacelerado para além do sistema de órgãos em que o gene é ativado”, diz o professor. Dessa forma, seria possível retardar os efeitos da velhice no corpo e também no cérebro. Walker ressaltou que o gene é ativado principalmente pela droga metformina, usada no tratamento da diabetes tipo 2.


revistagalileu


[AMPK* é um sensor de energia-chave nas células, quando os níveis de energia celular ficam baixos.]

2 comentários:

Dani Alonso disse...

Bah que show!!!!!
obrigada amiga pela visita e pelo recadinho!!
bjssss

Marcia Machado disse...

Obrigada Dani querida! Bjusss