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terça-feira, 24 de novembro de 2015

A origem do mito Sexta-Feira 13

 
friday 13th
 
Depois dos últimos acontecimentos em Paris, a sexta-feira treze voltou a ficar em evidência.
 
 A título de curiosidade, pesquisei sobre o assunto e compartilho com vocês.
 
A Sexta-feira no dia 13 de qualquer mês é considerada popularmente como um dia de azar.
O número 13 é considerado de má sorte. Na numerologia o número 12 é considerado de algo completo, como por exemplo: 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou 12 constelações do Zodíaco. Já o 13 é considerado um número irregular, sinal de infortúnio. A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e também é considerado um dia de azar. Somando o dia da semana de azar (sexta) com o número de azar (13) tem-se o mais azarado dos dias.
 

História

A superstição foi relatada em diversas culturas remontadas muito antes de Cristo.
 
Em algumas culturas ele pode ter sido considerado número de sorte. Para os egípcios, a vida era composta por 12 diferentes estágios para que o ser humano alcance o 13º, que era a vida eterna. Dessa forma, o número 13 foi assimilado com a morte, mas não com uma conotação negativa, mas como uma gloriosa transformação. Essa ligação com a morte permaneceu e foi distorcida por outras culturas que nutriam o medo da morte e não a viam como algo presente no destino de qualquer vida. A sexta-feira recebeu seu nome em inglês em homenagem a Frigga, a deusa nórdica do amor e do sexo.  Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Frigga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio, os 13 ficavam rogando pragas aos humanos. Da Escandinava a superstição espalhou-se pela Europa.
 
O calendário antigo representava o calendário lunar, possuindo 13 meses de 28 dias. Mas este número foi completamente renegado pelos sacerdotes das primeiras religiões patriarcais por representar o feminino nas culturas pré-históricas, já que refletia o ciclo menstrual das mulheres. Foi, então, alterado pelo Papa Gregório XIII para 12 meses, evitando que se continuasse cultuando a mulher como sagrada.
 
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Existem histórias remontadas também pela mitologia nórdica.  Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Há também quem acredite que convidar 13 pessoas para um jantar é uma desgraça, simplesmente porque os conjuntos de mesa são constituídos, regra geral, por 12 copos, 12 talheres e 12 pratos.
 
Com relação à sexta-feira, diversas culturas a consideram como dia de mau agouro:
  1. Alguns pesquisadores relatam que o grande dilúvio aconteceu na sexta-feira.
  2. A morte de Cristo aconteceu numa sexta-feira conhecida como Sexta-Feira da Paixão.
  3. Marinheiros ingleses não gostam de zarpar seus navios à sexta-feira.
No cristianismo é relatado um evento de má sorte em 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França. Os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia.
 
Outra possibilidade para esta crença está no fato de que Jesus Cristo provavelmente foi morto numa sexta-feira 13, uma vez que a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário hebraico.
Recorde-se ainda que na Santa Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, morreram em seguida, por mortes trágicas, Jesus por crucificação e Judas provavelmente por suicídio. O número 13 costumava ser considerado uma ligação com Deus, daí a quantidade de membros presentes na Santa Ceia.
 
Curiosamente, na tradição da Itália, a sexta-feira 13 não é considerada um dia de azar. Na verdade, o 13 era muitas vezes visto como um número de sorte por lá até muito recentemente, quando a influência da Europa Ocidental e dos EUA começou a mudar isso.
 
Para os italianos, classicamente, 17 é o número de azar; portanto, sexta-feira 17 tornou-se a versão italiana da sexta-feira 13. Henry Sutherland Edwards era britânico; embora escrevesse sobre um compositor italiano, ele aplicou sua própria superstição em Gioachino Rossini.
 
A noção de sexta-feira 13 ser o mais azarado dos dias ganhou fôlego a partir dessa ideia de combinar dois símbolos de azar. No início do século XX, surgiram inúmeros casos documentados de pessoas referenciando-o desta forma. Por exemplo, há o romance de 1907 escrito pelo corretor de ações Thomas W. Lawson chamado Sexta-Feira 13, sobre os esforços de um corretor para destruir o mercado de ações naquela data sinistra.
 
Mas, além da popular franquia de filmes “Sexta-Feira 13″, o que faz com que essa superstição continue teimosamente em nossa consciência coletiva? Psicólogos apontam para o fato de que, se algo negativo acontece na sexta-feira 13, as pessoas fazem uma associação permanente entre o evento e a data em suas mentes. No entanto, se uma sexta-feira 13 passar sem problemas, as pessoas esquecem. Em suma, é um exemplo clássico de viés de confirmação.
 
Em muitos países onde a influência espanhola é predominante, ao invés de sexta-feira 13 ser azarada, é a terça-feira 13 que mantém essa honra.
 
 

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