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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Fisioterapeuta cria roupas e abre loja virtual para pessoas com deficiência

Dariene desenvolveu calças com aberturas nas laterais (Foto: Divulgação)


Calças jeans com elástico e velcro e agasalhos com aberturas nas laterais estão entre as peças adaptadas vendidas no site de roupas para pessoas com deficiência lançado no começo de julho pela fisioterapeuta Dariene Rodrigues, de 35 anos, de Sorocaba, no interior de São Paulo. Os modelos buscam atender a demanda dessas pessoas por peças confortáveis e fáceis de vestir – o que facilita a vida, por exemplo, de cadeirantes ou de quem precisa usar sondas ou fazer fisioterapias.

“[A ideia surgiu] de tanto eu ouvir as pessoas que eu atendia, principalmente as pessoas com deficiência física, que são os paraplégicos e tetraplégicos, a dificuldade de usar, ter uma vestimenta adaptada”, explica.

O projeto demorou três anos para ser colocado em prática. Dariene revela que o pontapé inicial surgiu “meio que sem querer”, quando recebeu a indicação de uma estilista que poderia tornar reais os modelos que imaginava. “Eu tinha um projeto em mente e meio que me faltava uma pessoa para poder confeccionar a minha ideia, confeccionar esse molde (...). Acabei encontrando uma estilista, e a gente criou um projeto piloto”, explica.

Para a elaboração dos modelos, Dariene afirma que avalia todas as necessidades das pessoas com deficiência com as quais tem convivência.


A fisioterapeuta Dariene criou as peças pensando nas necessidades das pessoas com deficiência (Foto: Arquivo Pessoal)
Dariene pensou nas necessidades das pessoas
com deficiência (Foto: Arquivo Pessoal)
 
"De início eu pensei na questão da pessoa com cadeira de rodas, que usa prótese de membro inferior. Dependendo da patologia que ela teve, da sequela, acaba tendo dificuldade... Às vezes é com o comprometimento da parte urinária, às vezes essa pessoa usa fraldas. Se antes ela vestia número 40, vai ter que comprar um número a mais”, diz. Por isso, o modelo de calça que desenvolveu tem elástico e é um pouco mais “fofo” atrás caso a pessoa use fraldas.

As peças também têm aberturas dos lados e fechamento com velcro, que facilitam na hora de serem vestidas (um cadeirante, por exemplo, consegue se vestir deitado).  “Algumas pessoas usam cateterismo que é uma sonda de alívio, têm a necessidade de tirar a calça a cada três horas.” Os modelos facilitam, ainda, a vida daqueles que precisam da ajuda de um cuidador para se vestir, comenta.
 
 
Mercado
 
 Em cerca de duas semanas de funcionamento do site, foram vendidas dez calças jeans. Os preços, contudo, são um pouco superiores aos de modelos convencionais encontrados em grandes varejistas, e são em torno de R$ 200.  "As peças são personalizadas e acabam levando uma quantidade maior de tecido devido às adaptações. Também procuramos levar em consideração a qualidade da matéria-prima. Porém, há a facilitação de parcelamento, permitindo a compra em até 12 vezes", diz.
 
Ao todo, foram investidos R$ 40 mil no projeto e criação da empresa, que recebeu o nome de Lado B – Moda inclusiva. “Contei com os serviços de uma agência de publicidade para desenvolvimento da marca, assim como de uma agência de website para a criação da loja virtual”, diz. “A nossa expectativa é que se torne um negócio realmente sólido e lucrativo”.
 
 
Leia toda a matéria aqui: g1
 

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