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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

LIÇÕES QUE APRENDI COM MEU FILHO AUTISTA - por Marcos Mion



 
Este texto é uma reflexão natalina. Um aprendizado.

Quanto mais leio para meus filhos sobre o “menino” Jesus e toda sua sabedoria, mais a identifico dentro da minha própria casa.

Não apenas os discípulos, mas todos que o conheciam, chamavam o menino Jesus de mestre.

Mestre não é um titulo que alguém pode atribuir a si mesmo. O mestre nasce da capacidade do interlocutor de reconhecer a sabedoria quando entra em contato com ela.

O mestre, para existir, por mais sábio que seja, depende da humildade daqueles ao seu redor de se reconhecerem numa posição de inferioridade, de aprendiz.

(E é assim que me sinto. Humilde e extremamente feliz de dividir meu dia a dia com uma criança que ilumina e engrandece todos ao seu redor)

Todos ja me viram falar publicamente que me sinto abençoado e extremamente feliz por ter sido escolhido por Deus para ser pai de uma criança autista, ou como eu prefiro dizer, o guardião de um anjo. O meu Romeo.

Sempre que faço algum post, aparecem centenas de pais comentando e dividindo o mesmo sentimento de gratidão. Como se fosse um clube que, quem não faz parte, secretamente agradece e não consegue nem começar a entender pq aquelas pessoas são tão gratas por fazerem parte dele.

Afinal, como que, na pratica, meu filho me faz tanto bem? Como uma criança que, aparentemente, tem dificuldades consegue me ensinar?

Como falei acima, parte da minha capacidade de identificar a sabedoria e transforma-la num aprendizado.

Vou contar o que aconteceu este Natal e qual foi a lição que ele nos deu.

Como de costume, pelo fim de Novembro, minha esposa, Suzana, e eu juntamos os tres para fazer a carta do Papai Noel.

- “Eu quero infinitos Legos!”, disse o Stefano.

- “Calma que ja tenho minha lista separada em imagens no ipad”, disse Doninha, lembrando da quantidade razoavelmente grande de presentes que ja tinha separado entre borrachas da Hello Kitty e um tenis da Nike, alem de varias coisas de menina de marcas que ela gosta.

Resumindo? Duas listas extensas e extremamente comuns para crianças que convivem num mundo tecnológico, repleto de marcas, com demandas que eu considero ridículas de consumismo. Propagandas em todo lugar, aquela maldita sensacão, que eu odeio, causada na escola que é necessário ter pra existir. Sensação que lutamos muito contra em casa enchendo as crianças de auto confiança, dando “centro” pra elas saberem que o que interessa na vida não são as coisas que o dinheiro compra, mas que, por motivos óbvios, sempre cerca qualquer criança hoje em dia. Ainda mais na época do Natal!!

Até que chegamos no Romeo e indagamos o que ele gostaria de ganhar do Papai Noel.

“Uma escova de dentes azul”.

E agora chegamos no ponto crucial desse texto.

Se você da risada com essa resposta e pensa que o menino autista realmente esta fechado no seu mundo e não conecta com a realidade, que é filho de um artista de tv, que poderia pedir qualquer coisa no mundo que ganharia e, burro, pediu só uma escova de dentes azul, esse texto não vai fazer sentido algum pra você. Pode parar por aqui. Você não consegue identificar um ensinamento quando se depara com um.

Suzana e eu, instantaneamente ficamos emocionados com aquela resposta. Ao meio de tanto consumismo, numa época que virou símbolo de consumismo, nosso mestre, sem saber, sem ter a consciência externa do que estava fazendo, afinal sua sabedoria é nata, é orgânica e instintiva, colocou nossos pés no chão, nos remontando com os verdadeiros valores do Natal.

O que realmente vale nessa vida? Essas coisas materiais vão com o tempo, quebram, ficam velhas e obsoletas tornado-se um lembrete vivo e constante de dinheiro que jogamos pela janela adquirindo valores que não interessam.

Não serei hipócrita e dizer que não é saudável comprar brinquedos e presentes. Não é isso. Sou totalmente a favor de usar o ato da compra material como recompensa e até como educação, inclusive de valores morais, mas fato é que existe um grande exagero nas proporções que o consumismo tomou hoje em dia, como mencionei explicando os pedidos dos meus outros filhos.

Ainda perguntamos pra ele se não queria mais nada, um bichinho de pelucia que ele adora, um ipad novo que, para quem não sabe, é uma das ferramentas mais poderosas de comunicação dos autistas com o mundo exterior, mas ele foi categórico: “uma escova de dentes azul. É isso que eu quero ganhar do Papai Noel”.

Até que finalmente chegou o dia do Natal. Fizemos a comemoração da véspera, deixamos os cookies feitos em família na varanda para o bom velhinho e todos foram dormir muito ansiosos com a visita do Papai Noel na madrugada.

Não preciso dizer que 5:00 am ja ouvi Tefo rasgando papel de presente! rs.

Levantamos para acompanhar e viver com eles todo esse momento magico que tem data de validade, pois a crença real no Papai Noel não é eterna e, hoje em dia, acaba cada vez mais cedo. E enquanto Tefo e Doninha pareciam dois demônios da tasmânia envoltos em presentes e embrulhos, abrindo mais um e mais um e mais um, Romeo assistia de longe com um certo grau de tensão no ar.

“O Papai Noel trouxe minha escova de dentes azul?” ele perguntava sentindo o que eu identifiquei como medo de frustração! Uma real incerteza se ganharia aquele único e tão valioso presente. Lembrem que isso foi na manhã do dia 25, quase 2 meses depois do dia que escreveram as cartas e essa ainda era sua única vontade, seu único desejo de Natal.

Conduzi Romeo até arvore e o deixei identificar o presente com seu nome!

Fico emocionado ao lembrar, mas ele abriu o embrulho com uma expectativa tão grande, uma ingenuidade e um doutorado em desapego que, quando o ultimo pedaço de papel revelou sua escova de dentes azul, ele foi tomado de emocão!! Abaixou a cabeça num alivio e se atrapalhou de tão forte que essa emoção veio.

Sim, ele chorou.

Chorou de alegria, inundado pela mais pura e bela emoção! Eu e Suzana choramos juntos.

Tão pouco…um presente tão simples…e ai me deu o estalo. Mestre!

Entendi que era algo muito maior do que uma simples escova de dentes. Ali, naquela emoção, naquela pureza, naquela humildade e, acima de tudo, naquele desapego, tive a maior lição de Natal da minha vida.

Obrigado Mestre, por mais uma. Te amo.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Feliz 2016!

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Mais um ano está começando, desejo à todos paz, amor, harmonia, união, perdão, reconciliação, saúde, sucesso e que todos os sonhos se realizem com muita força de vontade, fé e determinação.  Tenho um versículo que me inspira a ir em frente nos meus projetos de vida:
 
"Peça ao Senhor que Ele abençoe os teus planos e eles darão certo." Proverbio 16

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Então é Natal!

Foto de Pe Hugo (Viva Vida).

À todos amigos do blog desejo um Natal com muito amor  e um Ano Novo com muitas realizações!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Lego Stormtrooper



Em homenagem ao sétimo filme do Star Wars que estará nos cinemas a partir do dia 17, fiz uma seleção dos Stormtrooper em lego, assim eles são bem bonitinhos né? rsrs

















got milk? -2- | por storm TK431

got milk? | por storm TK431



bamboodesenhos


flickr

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Falar mais de uma língua pode evitar sequelas de AVC, sugere estudo



Falar mais de uma língua não traz apenas benefícios culturais. Segundo um estudo recente feito na Universidade de Edimburgo, na Escócia, ser bilíngue pode ajudar pacientes a se recuperarem melhor de um AVC (acidente vascular cerebral).
A pesquisa foi feita com 600 pessoas que foram vítimas de AVC – o resultado mostrou que 40,5% das que falavam mais de uma língua ficaram sem sequelas mentais; entre as que falavam apenas uma língua, só 19,6% ficaram sem sequelas.
 
Os pesquisadores acreditam que o estudo, que foi financiado pelo Conselho Indiano de Pesquisa Médica, sugere que o desafio mental de falar vários idiomas pode aumentar nossa reserva cognitiva – habilidade que o cérebro tem para lidar com influências prejudiciais, como AVC ou demência.
O estudo – divulgado na publicação científica American Heart Association - também levou em consideração idade dos pacientes, se eles eram fumantes ou não, se tinham pressão alta e se eram diabéticos.

Resultados

De acordo com os resultados da pesquisa, a habilidade bilíngue teria um papel "protetor" no desenvolvimento de qualquer disfunção cognitiva após um AVC.
É a primeira vez que se faz um estudo estabelecendo uma relação entre o número de línguas que um paciente fala e as consequências de um AVC para as funções cognitivas.
"A porcentagem de pacientes com funções cognitivas intactas depois de um AVC representava mais que o dobro em pessoas bilíngues em comparação com aquelas que só falam uma língua", diz a pesquisa.

"Em contraste, pacientes com disfunções cognitivas eram muito mais comuns entre os que só falavam uma língua."
 
Aprender outras línguas é algo que exige uma "ginástica" do cérebro, e vários estudos científicos já mostraram que falar muitos idiomas pode melhorar a atenção e a memória, formando uma "reserva cognitiva" que atrasa o desenvolvimento da demência, por exemplo.
 
"O bilinguismo faz com que as pessoas mudem de uma língua para outra, então quando eles inativam uma língua, eles precisam ativar a outra para poderem se comunicar", explicou Thomas Bak, um dos autores do estudo na Universidade de Edimburgo.
 
"Essa troca oferece um treinamento cerebral praticamente constante , o que pode ser um fator relevante para ajudar na recuperação de um paciente que teve um AVC", finalizou.
 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A origem do mito Sexta-Feira 13

 
friday 13th
 
Depois dos últimos acontecimentos em Paris, a sexta-feira treze voltou a ficar em evidência.
 
 A título de curiosidade, pesquisei sobre o assunto e compartilho com vocês.
 
A Sexta-feira no dia 13 de qualquer mês é considerada popularmente como um dia de azar.
O número 13 é considerado de má sorte. Na numerologia o número 12 é considerado de algo completo, como por exemplo: 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou 12 constelações do Zodíaco. Já o 13 é considerado um número irregular, sinal de infortúnio. A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e também é considerado um dia de azar. Somando o dia da semana de azar (sexta) com o número de azar (13) tem-se o mais azarado dos dias.
 

História

A superstição foi relatada em diversas culturas remontadas muito antes de Cristo.
 
Em algumas culturas ele pode ter sido considerado número de sorte. Para os egípcios, a vida era composta por 12 diferentes estágios para que o ser humano alcance o 13º, que era a vida eterna. Dessa forma, o número 13 foi assimilado com a morte, mas não com uma conotação negativa, mas como uma gloriosa transformação. Essa ligação com a morte permaneceu e foi distorcida por outras culturas que nutriam o medo da morte e não a viam como algo presente no destino de qualquer vida. A sexta-feira recebeu seu nome em inglês em homenagem a Frigga, a deusa nórdica do amor e do sexo.  Quando as tribos nórdicas e alemãs se converteram ao cristianismo, Frigga foi transformada em bruxa. Como vingança, ela passou a se reunir todas as sextas com outras 11 bruxas e o demônio, os 13 ficavam rogando pragas aos humanos. Da Escandinava a superstição espalhou-se pela Europa.
 
O calendário antigo representava o calendário lunar, possuindo 13 meses de 28 dias. Mas este número foi completamente renegado pelos sacerdotes das primeiras religiões patriarcais por representar o feminino nas culturas pré-históricas, já que refletia o ciclo menstrual das mulheres. Foi, então, alterado pelo Papa Gregório XIII para 12 meses, evitando que se continuasse cultuando a mulher como sagrada.
 
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Existem histórias remontadas também pela mitologia nórdica.  Na primeira delas, conta-se que houve um banquete e 12 deuses foram convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e armou uma briga que terminou com a morte de Balder, o favorito dos deuses. Há também quem acredite que convidar 13 pessoas para um jantar é uma desgraça, simplesmente porque os conjuntos de mesa são constituídos, regra geral, por 12 copos, 12 talheres e 12 pratos.
 
Com relação à sexta-feira, diversas culturas a consideram como dia de mau agouro:
  1. Alguns pesquisadores relatam que o grande dilúvio aconteceu na sexta-feira.
  2. A morte de Cristo aconteceu numa sexta-feira conhecida como Sexta-Feira da Paixão.
  3. Marinheiros ingleses não gostam de zarpar seus navios à sexta-feira.
No cristianismo é relatado um evento de má sorte em 13 de Outubro de 1307, sexta-feira, quando a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei Filipe IV de França. Os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país e alguns torturados e, mais tarde, executados por heresia.
 
Outra possibilidade para esta crença está no fato de que Jesus Cristo provavelmente foi morto numa sexta-feira 13, uma vez que a Páscoa judaica é celebrada no dia 14 do mês de Nissan, no calendário hebraico.
Recorde-se ainda que na Santa Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, morreram em seguida, por mortes trágicas, Jesus por crucificação e Judas provavelmente por suicídio. O número 13 costumava ser considerado uma ligação com Deus, daí a quantidade de membros presentes na Santa Ceia.
 
Curiosamente, na tradição da Itália, a sexta-feira 13 não é considerada um dia de azar. Na verdade, o 13 era muitas vezes visto como um número de sorte por lá até muito recentemente, quando a influência da Europa Ocidental e dos EUA começou a mudar isso.
 
Para os italianos, classicamente, 17 é o número de azar; portanto, sexta-feira 17 tornou-se a versão italiana da sexta-feira 13. Henry Sutherland Edwards era britânico; embora escrevesse sobre um compositor italiano, ele aplicou sua própria superstição em Gioachino Rossini.
 
A noção de sexta-feira 13 ser o mais azarado dos dias ganhou fôlego a partir dessa ideia de combinar dois símbolos de azar. No início do século XX, surgiram inúmeros casos documentados de pessoas referenciando-o desta forma. Por exemplo, há o romance de 1907 escrito pelo corretor de ações Thomas W. Lawson chamado Sexta-Feira 13, sobre os esforços de um corretor para destruir o mercado de ações naquela data sinistra.
 
Mas, além da popular franquia de filmes “Sexta-Feira 13″, o que faz com que essa superstição continue teimosamente em nossa consciência coletiva? Psicólogos apontam para o fato de que, se algo negativo acontece na sexta-feira 13, as pessoas fazem uma associação permanente entre o evento e a data em suas mentes. No entanto, se uma sexta-feira 13 passar sem problemas, as pessoas esquecem. Em suma, é um exemplo clássico de viés de confirmação.
 
Em muitos países onde a influência espanhola é predominante, ao invés de sexta-feira 13 ser azarada, é a terça-feira 13 que mantém essa honra.
 
 

Pilates com Humor! Foca

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Como é que o Dia da Criança é celebrado à volta do mundo

Crianças contentes e sorridentes
 
 
Embora o Dia da Criança seja assinalado em datas diferentes, dependendo do país em questão, a verdade é que, independentemente disso, esta é uma celebração com princípios comuns: os direitos universais das crianças e, claro, trazer-lhes um sorriso aos lábios com as inúmeras atividades e miminhos que marcam esta data um pouco por todo o mundo.
 

Portugal

Em Portugal, o Dia da Criança é assinalado no dia 1 de Junho e é muito comum as escolas (e até os municípios) organizaram atividades lúdicas, especialmente dedicadas às crianças.
 

Brasil

No Brasil, o Dia da Criança é celebrado no dia 12 de Outubro, um feriado nacional que coincide com o Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. É comum as crianças receberem presentes nesta data!
 

Estados Unidos da América

Sem data fixa, o Dia da Criança nos Estados Unidos é celebrado anualmente no primeiro ou segundo domingo de Junho, com cerimónias e atividades apropriadas. Para além disso, esta é uma celebração enquadrada na Semana da Família.
 

Canadá

No Canadá, o Dia da Criança acontece a 20 de Novembro, respeitando assim a data da adoção da Declaração Universal dos Direitos da Criança pelas Nações Unidas em 1959. Embora não aconteça nenhuma programação especial pretende-se, acima de tudo, homenagear as crianças.
 

Austrália

Os australianos celebram o Dia da Criança na quarta quarta-feira de Outubro, mas o dia está enquadrado na Semana da Criança que, dedicada a um tema diferente todos os anos, tem como principal missão fazer com que as crianças possam desfrutar da sua infância em pleno. Existem atividades para todos os gostos, organizadas pelas mais diversas instituições e entidades – neste país, ninguém é indiferente ao Dia da Criança!
 

Noruega

O Dia da Criança na Noruega assinala-se a 17 de Maio e coincide com o Dia da Noruega, um feriado nacional onde as crianças têm grande protagonismo, como cidadãos de hoje e de amanhã, participando ativamente em desfiles onde também é costume levarem pequenas bandeiras da Noruega nas mãos.
 

Nova Zelândia

O Dia da Criança assinala-se sempre no primeiro domingo de Março na Nova Zelândia, onde as crianças são honradas como sendo “taonga” (em Maori significa “tesouro”) e o dia é passado em família. É costume o Dia da Criança na Nova Zelândia ser subordinado a um tema distinto todos os anos.
 

México

30 de Abril é o Dia da Criança no México, onde as aulas habituais são substituídas por jogos e canções, sendo que as crianças também levam as suas comidas preferidas para a escolha, onde partilham com os colegas. Existem comemorações especiais um pouco por toda a parte e não é raro ver famílias inteiras a celebrar a data em conjunto.

 
Colômbia

No dia 4 de Julho celebra-se o Dia da Criança na Colômbia, onde as escolas organizam atividades alusivas à data e é tradição as crianças usaram máscaras de palhaços.
 

Peru

No Peru, o Dia da Criança é comemorado no terceiro domingo de Agosto, num dia em que as crianças são celebradas pelos pais, que lhes oferecem um presente. As atividades escolares em torno do Dia da Criança decorrem na sexta-feira anterior e, durante vários dias, as lojas oferecem descontos numa grande variedade de produtos (nomeadamente roupa, brinquedos, eletrodomésticos e artigos eletrónicos) em honra da data.
 

China

Na China, celebra-se o Dia da Criança a 1 de Junho e há muitos anos que, nessa dia, as crianças são dispensadas da escola, podendo assim participar em atividades divertidas como cinema ou campismo. Também é comum os filhos de funcionários públicos receberem um presente por parte do próprio governo.
 

Japão

No Japão, o Dia da Criança é comemorado no dia 5 de Maio, um feriado nacional que é celebrado com pompa, circunstância e muita tradição – nomeadamente em termos de decoração, alimentação e do cumprimento de alguns costumes antigos.
 

Coreia do Sul

5 de Maio também é a data em que se celebra o Dia da Criança na Coreia do Sul onde, para além de serem dispensadas das aulas, as crianças festejam vestidas com trajes tradicionais, recebendo ainda presentes por parte dos pais.
 

Tailândia

A Tailândia elegeu o segundo sábado de Janeiro como o seu Dia da Criança e é costume o primeiro-ministro batizar a data com um tema específico todos os anos. Há lugar para diversão e alegria, mas também para responsabilidade e educação, pois, as crianças são o futuro de qualquer país!
 

África

Na África do Sul, o Dia da Criança coincide com o Dia da Natal, por isso, passa um pouco despercebido. Na África Central, a data é assinalada todos os anos no primeiro sábado de Novembro.
 

Índia

Na India, o dia 14 de Novembro foi escolhido como o Dia da Criança pois é a data de nascimento de Pandit Jawaharlal Nehru, o primeiro primeiro-ministro da Índia independente. Pandit adorava crianças e as crianças adoravam Pandit, a quem tratavam carinhosamente por tio. Esta é, acima de tudo, uma data de grande festa e alegria para as crianças que na escola dispõem de inúmeros eventos organizados para si (os professores cantam e dançam para elas, o diretor da escola oferece uma rosa a cada criança), sendo igualmente habitual receberem presentes e miminhos extra por parte dos pais!
 

Egito

Em conformidade com a data em que as Nações Unidas adotaram a Declaração Universal dos Direitos da Criança, também o Egipto celebra o Dia da Criança a 20 de Novembro, geralmente em clima de alegria, com festas e jogos especificamente organizados para as crianças.
 

Turquia

Na Turquia, o Dia da Criança é celebrado a 23 de Abril, data em que as escolas são decoradas a preceito e as crianças envergam trajes festivos para comemorar o dia que lhes é dedicado. Mais tarde, as crianças saem às ruas para, não só desfilarem nas suas roupas tradicionais, como protagonizar algumas danças nativas.
 
 

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Amor de madrasta: a carta de despedida de D. Amélia ao enteado D. Pedro II

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
Uma coroa, um trono e um berço!



De Amélia de Leuchtenberg Para: D. Pedro II



Em 1831, em meio a forte crise política, dom Pedro I abdicou em favor de Pedro de Alcântara, então com seis anos de idade, filho de seu primeiro casamento com dona Leopoldina. Foi obrigado a deixar o Brasil com a segunda mulher, dona Amélia de Leuchtenberg, e, na madrugada de 7 de abril daquele ano, noite da partida, ela, que estava com 19 anos e amava os enteados, deixou esta carta ao menino e futuro imperador dom Pedro II.





Rio de Janeiro, [abril de 1831]

Meu filho do coração e meu imperador,

Adeus, menino querido, delícias de minha alma, alegria de meus olhos, filho que meu coração tinha adotado. Adeus para sempre.

Quanto és formoso nesse teu repouso! Meus olhos choro­sos não se puderam furtar de te contemplar! A majestade de uma coroa, a debilidade da infância, a inocência dos anjos cingem tua fronte de um resplendor misterioso que fascina.

És o espetáculo mais tocante que a terra pode oferecer! Quanta grandeza e quanta fraqueza a humanidade encerra, representadas por ti, criança idolatrada: uma coroa, um trono e um berço!

A púrpura ainda não serve senão para estofo, e tu, que comandas exércitos e reges um Império, ainda careces de todos os desvelos e carinhos de mãe.

Ah! querido menino, se eu fosse tua verdadeira mãe, se meu ventre te tivesse concebido, nenhuma força te arran­caria dos meus braços!

Mas tu, anjo de inocência e de formosura, não me perten­ces senão pelo amor que dediquei a teu augusto pai. Ape­nas sou tua madrasta, embora te queira como se fosses o sangue do meu sangue. Um dever sagrado me obriga a acompanhar o ex-imperador no seu exílio, através os mares, em terras estranhas… Adeus, pois, para sempre! Mães brasileiras, vós que sois meigas e carinhosas para com vossos filhinhos, supri minhas vezes: adotai o órfão coroado, dai-lhe, todas vós, um lugar na vossa família e no vosso coração.

Mães brasileiras, eu vos confio este preciosíssimo penhor da felicidade de vosso país e de vosso povo: ei-lo tão belo e puro como o primogênito de Eva no Paraíso. Eu vo-lo entrego: agora sinto minhas lágrimas correrem com menor amargura.

Dorme criança querida, enquanto nós, teu pai e tua mãe de adoção, partimos para o exílio, sem esperança de nunca mais te vermos… senão em sonhos.

Brasileiros! Eu vos conjuro que o não acordeis antes que me retire.

Adeus, órfão-imperador, vítima de tua grandeza antes que a saibas conhecer. Adeus…



ocontornodasombra