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quarta-feira, 8 de julho de 2015

Estudo mostra que sinais de envelhecimento podem ser visíveis aos 20 anos

Estudo mostra que sinais de envelhecimento podem ser visíveis aos 20 anos Julio Cavalheiro/Agencia RBS

Pesquisa mediu “idade biológica” de voluntários e encontrou sinais de deterioração evidentes em pessoas com menos de 30 anos
 

Um estudo divulgado nesta segunda-feira pelos Anais da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos sugere que diferentes taxas de envelhecimento já podem ser detectadas em torno dos 20 anos. A pesquisa é da Universidade de Duke.
 
As descobertas foram baseadas em um grupo de 954 pessoas da Nova Zelândia, nascidas entre 1972 e 1973. Os voluntários foram submetidos a uma coleta de dados aos 26, 32 e 38 anos. Os pesquisadores também mediram o colesterol, níveis de condicionamento físico e o comprimento dos telômeros — capas de proteção na extremidade dos cromossomos que, segundo verificado, diminuem com a idade.
Por meio de um total de 18 medições biológicas foi determinada uma "idade biológica" para cada participante aos 38 anos — com alguns registrando menos de 30 anos e outros que pareciam ter quase 60.
 
A equipe observou que os participantes que envelheceram mais rapidamente apresentaram sinais de deterioração evidentes aos 26 anos — idade em que o primeiro conjunto de medidas biológicas foram tiradas. A maioria das pessoas no grupo estava envelhecendo à taxa esperada de um ano biológico por ano cronológico, ou até menos, enquanto os outros foram envelhecendo numa proporção de três anos biológicos por um ano cronológico.
Aqueles cujos corpos foram envelhecendo mais rápido também apresentaram resultados piores em testes de equilíbrio e coordenação e resolução de problemas não familiares, por exemplo.
Além disso, um grupo de universitários da Universidade de Duke foi convidado a analisar imagens dos participantes do estudo. Os jovens classificaram como mais velhos aqueles cujos corpos foram envelhecendo mais rapidamente do que o resto.
 
De acordo com os autores, esses resultados pavimentam o caminho para futuros testes talvez mais fáceis e baratos de serem implementados, de modo que as pessoas podem descobrir o quão rápido estão envelhecendo já aos 20 anos, idade em que a prevenção de doenças é mais eficaz.
 
Estudos anteriores mostraram que os genes representam apenas cerca de 20% do envelhecimento, deixando o resto para hábitos relacionados ao estilo de vida de cada um.
 
— Isso nos dá alguma esperança de que a medicina possa ser capaz de retardar o envelhecimento e dar às pessoas ativas mais anos saudáveis — acredita Terrie Moffitt, professor de psicologia e neurociência na Universidade de Duke.
 

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