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terça-feira, 3 de abril de 2012

A 'fantástica' fábrica de chocolates Garoto

Da fábrica até chegar às lojas, o chocolate passa por vários processos (Foto: Amanda Monteiro/ G1 ES)

Ao pensar em como funciona uma fábrica de chocolates, é impossível não imaginar uma cascata de cacau derretido como a do personagem Willy Wonka. Ou, quem sabe, pensar que tudo lá dentro é comandado por coelhos. "Meus filhos achavam que meu chefe era o coelhinho da Páscoa", conta a higienista industrial Marília Miranda, que trabalha há 12 anos em uma das maiores fábricas de chocolates do mundo, com sede no Brasil.

Veja a galeria de fotos da fábrica de chocolates

Todos os dias, a fábrica da Chocolates Garoto, que fica em Vila Velha, no Espírito Santo, recebe visitantes de todas as partes do país e do mundo, curiosos em saber como o chocolate se transforma nas delícias que chegam às lojas. São cerca de 300 toneladas de chocolate líquidas produzidas por dia.

E o que não falta é trabalho para os "ajudantes do coelhinho". A maioria deles ingressou na fábrica por contrato temporário para a Páscoa, mas, com a experiência e o bom desempenho, foram efetivados e construíram histórias de vida com o chocolate. "Sempre morei na Glória (bairro onde fica a fábrica), embalada pelo cheiro de chocolate. Sonhava em trabalhar na fábrica. Imaginava como era lá dentro. O chocolate tem essa magia, meu pai alimentava minha imaginação e eu também alimentei nos meus filhos. Eles achavam que eu trabalhava com anões, Coelhinho da Páscoa e Papai Noel e eu confirmava", diz Marília.
Como higienista, Marília conta que as cascatas de chocolate não são possíveis. Muito menos passar o dedo nas coberturas e nos recheios. Os ingredientes passam por canos, até cair nas máquinas. E os funcionários lavam as mãos como cirurgiões antes de qualquer processo.

Imensidão de chocolate

O operador industrial Helder Ferreira da Silva trabalha na fábrica há 12 anos e hoje ocupa o cargo mais alto entre os operadores do setor onde são feitos os bombons quadrados. Ele acompanha todo o processo, desde que o chocolate chega da refinaria para os tanques, até cair dentro das fôrmas dos bombons, semelhantes às de gelo. "É curioso que o recheio e a cobertura caem juntos. Depois eles são resfriados e saem prontos para embalar", conta.
Helder se lembra de quando chegou à empresa pela primeira vez, para trabalhar como temporário na fabricação de ovos de Páscoa. "Fiquei impressionado com a quantidade de chocolate. Olhava aquele monte de ovos de Páscoa e não acreditava. Hoje, opero um setor. Sempre tive o objetivo de chegar aonde cheguei e me determinei a correr atrás do que eu queria", afirma Helder.


Mesmo tendo que olhar para milhares de bombons todos os dias, há 15 anos, a operadora industrial Jaciara França afirma que não enjoa. Ela acompanha o processo de embrulho dos bombons moldados. A máquina embala em média 300 bombons por minuto. Jaciara conta que, até hoje, sente orgulho quando entra em uma loja e vê os produtos que ajuda a fabricar.
"Sempre sonhei em trabalhar aqui. Quando se está do lado de fora, a gente fica imaginando como será dentro da fábrica. Meu filho tem cinco anos e acha fantástico ter uma mãe que trabalha na fábrica de chocolate. Ele diz que vai trabalhar aqui também quando crescer", conta.

Curiosidades

E enquanto os consumidores esperam para saborear os ovos desta Páscoa, a fábrica já começa a se preparar para a Páscoa do ano que vem. "É interessante saber que o nome do bombom 'serenata de amor' surgiu quando o fundador da fábrica, Henrique Meyerfreund, inventou o primeiro bombom em formato de bola, em 1949. Ele ofereceu para a cunhada Úrsula, que tinha um namorado muito apaixonado que fazia serenatas de amor para ela todas as noites. Ela então sugeriu o nome do bombom e ele gostou", conta a assistente do Programa de Visitas Laís Hackbart.
Ela conta também que as famosas caixas de bombom amarelas, antigamente, eram feitas de papelão e amarradas com barbante. "E para dar uma imagem mais bonita, eram colocadas fotos de mulheres bonitas que saiam nas capas de revistas da época", diz.

Durante a visita é possível conhecer curiosidades sobre os bombons (Foto: Amanda Monteiro/ G1 ES)


A produção dos bombons redondos transforma todos em crianças. Ver as casquinhas de waffer saindo do forno, o recheio de castanha de caju caindo, o banho de chocolate deixa os visitantes com água na boca.

Fonte: g1.globo.com/

Um comentário:

Tatiane Mendes Viegas disse...

OI! Guria por incrivel que pareça como custamos a nos falar, né??? Com a correria do dia a dia acabamos nos distraindo e deixamos passar... mas realmente agora com o Marcelo assim fica mais dificil ainda! Logo logo ele melhora e ai nos encontramos! beijos
Ps. Que delícia de post!!