A Organização Mundial da Saúde (OMS), classifica o uso do aparelho como possivelmente carcinogênico.
Após a análise de uma centena de estudos científicos, a conclusão dos especialistas da OMS é de que a utilização do aparelho está associada a maior risco para glioma (tumor malígno no sistema nervoso central ou na coluna) e neuroma acústico (tumor benígno no canal auditivo). Mas os cientistas não souberam quantificar esse risco (quanto tempo o indivíduo deve ser exposto). Foi apresentado um trabalho de 2004 que mostrou aumento de 40% na chance de ocorrência de glioma entre os que usavam 30 minutos por dia, por mais de 10 anos.
Com base no que encontrou na literatura científica a respeito do assunto, o grupo de pesquisadores resolveu classificar o celular como um agente "possivelmente carcinogênico para humanos". Além do celular existem outros 266 agentes (possíveis) organizados numa escala que vai de um a quatro:
Grupo 1: Carcinogênicos para humanos: etanol em bebidas alcoólicas, cigarro, radiação ultravioleta.
Grupo2:Provavelmente ou possivelmente carcinogênico: exemplo: esteroides anabolizantes (evidência suficientes em animais, limitada em humanos); atividades de bombeiros, celular, pilulas anticoncepcionais com progesterona apenas (evidência limitada em humanos e menos em cobaias).
Grupo 3: Não classificados como carcinogênicos em humanos: marcapasso cardíaco, implante de silicone nas mamas.
Grupo 4: Provavelmente não carcinogênicos: caprolactam (usado em fibras e plásticos).
Controvérsias: Segundo o médico Douglas de Castro, do departamento de Radioterapia do Hospital A.C. Camargo de SP, o celular emite uma radiação não ionizante, que pela biologia, não causa cancêr.
De qualquer maneira, autoridades de saúde em todo o mundo preferem recomendar cautela na utilização do aparelho. Enquanto não houver mais informações sobre o tema, é importante que o usuário adote medidas que reduzam sua exposição à radiação emitida pelo aparelho.
Medidas Recomendáveis:
- Se possível, use o fone de ouvido no momento de utilizar o aparelho.
- Afastá-lo 20 cm da cabeça reduz as doses de radiação em mais de 90%.
- Na hora de comprar um aparelho novo verifique o nível de radiação emitido.
- Evite falar em locais nos quais o sinal é fraco. Nestas circunstâncias o aparelho emite maior radiação.
- Evite o uso por crianças. Nesta fase da vida, o sistema nervoso está em formação.
- Sempre que puder envie e-mails ou mensagens de texto.
- Tenha conversas curtas e procure usar apenas quando não há outro meio.
Curiosidade: o número de usuários de telefone celular já ultrapassou a marca de 5 bilhões em todo o planeta.
É BOM LEMBRAR: A PREVENÇÃO É O MELHOR REMÉDIO!
Fonte: Revista IstoÉ/junho de 2011
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