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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Obesidade já é problema de saúde pública

 
 
O problema do excesso de peso e da obesidade tem alcançado proporções epidêmicas no mundo todo. No Brasil mais de 65 milhões de pessoas, o que corresponde a 40% da população, está com excesso de peso, enquanto 10 milhões já são considerados obesos. E os números não param de crescer, entre todas as idades e classes sociais.

Entre os obesos, os pacientes graves – que exigem do Sistema Único de Saúde (SUS) maior atenção, respondem por gastos anuais de quase R$ 500 milhões. Os números são da pesquisa de “Estimativa de Custos da Obesidade para o Sistema Único de Saúde do Brasil”, do Ministério da Saúde, apresentada recentemente por Alexandre Padilha, Ministro da Saúde.
A pesquisa apurou que o Governo gastou em 2011 cerca de R$ 488 milhões nas intervenções médico-hospitalares de média e alta complexidade, no tratamento e cirurgias de pessoas acima dos 20 anos que apresentam obesidade e outras 26 doenças associadas, entre elas hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.

Com as mulheres obesas, os gastos foram de R$ 327,3 milhões, o dobro do custo destinado aos homens (R$ 160,7 milhões). No caso das mulheres, os principais gastos são com o tratamento de isquemias do coração, câncer de mama, insuficiência cardíaca congestiva e diabetes.
O peso dos brasileiros vem aumentando nos últimos anos. Em 2009, uma em cada três crianças de 5 a 9 anos estava acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Já o déficit de altura (importante indicador de desnutrição) caiu de 29,3% (1974-75) em para 7,2% (2008-09) entre meninos e de 26,7% para 6,3% nas meninas, mas se sobressaiu no meio rural da região Norte: 16% dos meninos e 13,5% das meninas. A parcela dos meninos e rapazes de 10 a 19 anos de idade com excesso de peso passou de 3,7% (1974-75) para 21,7% (2008-09), já entre as meninas e moças o crescimento do excesso de peso foi de 7,6% para 19,4%. Também o excesso de peso em homens adultos saltou de 18,5% para 50,1% e ultrapassou, em 2008-09, o das mulheres, que foi de 28,7% para 48%. Nesse panorama, destaca-se a Região Sul (56,8% de homens, 51,6% de mulheres), que também apresenta os maiores percentuais de obesidade: 15,9% e homens e 19,6% de mulheres. O excesso de peso foi mais evidente nos homens com maior rendimento (61,8%) e variou pouco para as mulheres (45-49%) em todas as faixas de renda. Os resultados são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, realizada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde. A pesquisa também traz informações sobre as crianças com menos de cinco anos: o déficit de altura foi de 6% no país, sendo mais expressivo em meninas no primeiro ano de vida (9,4%), crianças da região Norte (8,5%) e na faixa mais baixa de rendimentos (8,2%).
 
 
Infográfico Obesidade


Fonte: einstein

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