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sábado, 23 de julho de 2011

A vida urbana afeta o cérebro...

Um estudo publicado mostra que a vida urbana afeta o cérebro, mostrando a relação entre a ativação de duas regiões do cérebro e o fato de as pessoas terem crescido ou viverem em cidades. “Basicamente a atividade cerebral em situações de estresse está ligada à urbanicidade [o fato de viver na cidade]”, afirmou ao iG Andreas Meyer-Linderberg, da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, principal autor da pesquisa, publicada no periódico especializado Nature. Estudos anteriores já haviam mostrado que a saúde mental das pessoas é afetada negativamente pela vida urbana. Problemas relacionados à ansiedade, por exemplo, são mais prevalentes em pessoas que vivem em cidades e a incidência de esquizofrenia é maior em pessoas nascidas e criadas em regiões urbanas, mas ninguém havia ainda buscado medir os processos neurais por detrás deles.




Meyer-Linderberg tomou exatamente esta direção: coletar dados da reação do cérebro a situações de estresse. Em conjunto com um grupo de pesquisadores, ele analisou o que ocorria com o cérebro de estudantes alemães enquanto estes realizavam testes matemáticos e recebiam feedback positivo ou negativo. Ao serem submetidos à situação de estresse (feedback negativo), o cérebro dos jovens que haviam crescido em cidades ou que vivem em centros urbanos ficou mais ativo do que os que crescerem ou vivem em áreas rurais. Em especial, a diferença se deu em duas áreas relacionadas ao processamento das emoções, a amigdala (no caso dos que cresceram nas cidades) e o córtex cingulado anterior (no caso dos que habitam nelas). Ou seja: crescer e viver em áreas urbanas afeta a forma como os neurônios processam o estresse.

A descoberta foi feita com base em imagens produzidas por ressonância magnética funcional, uma técnica de visualização de ativação do cérebro em tempo real. [...]

Fonte: (Último Segundo)

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