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terça-feira, 16 de outubro de 2012

O que nos faz bocejar?

 
 
O bocejo é um movimento muscular que se produz tanto em animais como em pessoas.
Diz-se que normalmente o bocejo corresponde ao sono. Estudos científicos  recentes apontam que o bocejo está sim relacionado ao sono, no entanto, conforme apontam as pesquisas, o bocejo é uma forma do organismo driblar o sono. Ao bocejar a pessoa estimula a circulação sanguínea e diminui a temperatura corporal, o que colabora para aumentar o estado de atenção.
 
Ivan Norscia e Elisabetta Palagi, da Universidade de Pisa, demonstraram num estudo recente, que o contágio do bocejo é dirigido primariamente pela proximidade emocional entre indivíduos e não por outras variáveis, tais como a nacionalidade. Segundo o estudo um bocejo recíproco é mais provável de acontecer entre membros de uma família, amigos e conhecidos. O fenômeno é menos comum em estranhos. Também, estranhos mostram maior demora na resposta ao bocejo (período de latência), em comparação com amigos e parentes.

 
Fatos interessantes sobre o bocejo

saude
  • O bocejo dura, em média, seis segundos
  • Os batimentos do coração podem se elevar em até 30% durante um bocejo.
  • 55% das pessoas bocejam até cinco minutos depois de terem visto alguém bocejar.
  • Cegos bocejam mais após ouvirem alguém bocejando.
  • Ler sobre o bocejo faz você bocejar.
  • Atletas olímpicos normalmente bocejam antes de uma competição.

 

Há muitas partes do corpo que participam do bocejo. Primeiro, sua boca abre e o queixo cai, permitindo que você inale a maior quantidade possível de ar. Ao inspirar, o ar enche seus pulmões, seus músculos abdominais flexionam e seu diafragma é empurrado para baixo. O ar que respira faz seus pulmões se expandirem ao máximo, e depois uma parte deste ar é expelida para fora do seu corpo.
 

Algumas teorias sobre o bocejo:
  • Teoria física - nossos corpos induzem o bocejo para obter mais oxigênio e retirar um acúmulo de dióxido de carbono. Esta teoria ajuda a explicar o motivo de bocejarmos quando estamos em grupos. Grupos grandes de pessoas produzem mais dióxido de carbono, o que significa que nossos corpos criam o bocejo para conseguir mais oxigênio e se livrar do excesso de dióxido de carbono. No entanto, se nossos corpos nos fazem bocejar para obter o oxigênio de que precisamos, por que não bocejamos durante os exercícios? Robert Provine, um psicólogo da Universidade de Maryland, no Condado de Baltimore (em inglês), e um dos maiores especialistas em bocejo, testou esta teoria. Dar oxigênio a pessoas e diminuir a quantidade de dióxido de carbono no ambiente onde elas estavam não diminuiu a quantidade ou impediu que os bocejos acontecessem.
  • Teoria da evolução - há quem ache que o bocejo começou com nossos ancestrais, que costumavam bocejar para mostrar seus dentes e intimidar os outros. Um desdobramento dessa teoria é a idéia de que o ato de bocejar se desenvolveu nos primeiros homens como um sinal para que mudassem o que estavam fazendo.
 
  • Teoria do tédio - o dicionário diz que pelo qual os atletas bocejam antes de uma competição. Não parece provável que eles fiquem entediados com o mundo inteiro os assistindo.


 
 
 

O bocejo pode ser ligado ao tédio e também ao sono, mas pesquisadores da Universidade de Princeton (EUA) descobriram que bocejar também pode ser uma resposta do organismo para regular a temperatura do cérebro, evitando seu aquecimento, segundo divulgou o jornal britânico Daily Mail .
Os cientistas pediram a 80 pedestres, escolhidos aleatoriamente, que observassem fotos de pessoas bocejando e marcassem com qual eles faziam o mesmo. O teste foi realizado tanto no inverno quanto no verão e constatou que o bocejo é uma das maneiras do corpo refrescar o cérebro, trocando calor com o ar fresco que entra no organismo durante o ato.
Todavia, em dias muito quentes o bocejo não é eficaz. "Bocejar se torna contra produtivo em temperaturas ambientes maiores que a do organismo, porque a inalação do ar ambiente não promoveria a refrescância", explicou o professor Andrew Gallup, que conduziu a pesquisa, citando que há uma janela térmica que desencadeia o bocejo em um limite de temperatura.
O estudo constatou que no verão as pessoas bocejam menos do que no inverno, mostrando que a frequência do bocejo varia segundo a sazonalidade, o que explicaria porque as pessoas se tornam confusas e desorientadas quando submetidas ao calor extremo, já que o cérebro tem meios limitados de se refrescar. A pesquisa vem para somar conhecimento e ajudar na compreensão de doenças neuromotoras ou na epilepsia, que têm o bocejo como uma das características mais comuns.
 

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