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terça-feira, 14 de maio de 2013

Pilates para Escápula Alada




O músculo serrátil anterior é largo, origina-se nas primeiras nove costelas e se insere na superfície costal da escápula, ao longo da sua borda medial. Pode ser dividido em três porções: superior, medial e inferior. A digitação inferior que se insere no ângulo inferior da escápula é a mais importante. Ela exerce a principal função do músculo, que é fixar a escápula contra o tórax durante os movimentos do ombro. O músculo serrátil anterior é inervado pelo nervo torácico longo (nervo de Bell).
Após a paralisia do músculo serrátil anterior, a escápula tende a se deslocar para trás, dando o aspecto de asa (escápula alada).
A deformidade de escápula alada não é uma condição clínica frequente. Velpeau, em 1837, foi o primeiro a reconhecer a paralisia do serrátil anterior. Os pacientes queixam-se de dor, fraqueza, desconforto e diminuição da mobilidade ativa do ombro. Todos esses sintomas variam com a gravidade da lesão nervosa. Embora a lesão do nervo torácico longo seja fácil de ser reconhecida na avaliação clínica, o diagnóstico e a etiologia devem ser confirmados pela eletroneuromiografia (ENMG), que também orienta o prognóstico.
Existem várias causas para essa lesão nervosa. A literatura mostra grande variedade de agentes causais, como: traumatismo, infecção, exposição ao frio, complicação cirúrgica, esportes, choque elétrico, entre outras. Muitos casos são de etiologia obscura.
A recuperação espontânea do nervo torácico longo pode ocorrer e muitos pacientes tornam-se assintomáticos. Outros recuperam satisfatoriamente os movimentos do ombro afetado, mas permanecem com alguma deformidade residual. O tempo de recuperação varia de seis meses a três anos e o prognóstico é melhor quando ela ocorre abaixo de seis meses.
O tratamento deve ser conservador nos estágios iniciais (06 à 12 meses) e os procedimentos cirúrgicos só devem ser indicados nos casos refratários com incapacidade física para o trabalho e para os esportes. Grande variedade de tratamentos cirúrgicos tem sido proposta para substituir o músculo paralisado. Existem três procedimentos básicos: a escapulopexia (fixação cirúrgica da escápula às costelas), as transposições musculares e a artrodese escápulo-torácica.
É no tratamento conservador que o Pilates entra trazendo ótimos resultados. Atuando de forma a ativar o equilíbrio entre cadeias musculares. Alongando músculos tensionados e fortalecendo aqueles mais fracos. O método busca reorganizar a dinâmica muscular da cintura escapular, visto que esse conjunto de músculos, nervos e articulações são muito instáveis pela grande variedade de movimentos que possuem.
É recomendado que o indivíduo com diagnóstico de escápula alada se afaste temporariamente de atividade repetitivas, esportes e não carregue peso.
 
Fonte: ClubedoPilates/ Revista Pilates


Fisioterapia com Você: Procure um profissional qualificado no método. O Fisioterapeuta está apto a avaliar e tratar este tipo de lesão.

2 comentários:

Carolina Salvador Schmid disse...

Resumiu TUDO o que meu médico me disse e o que li em outros sites, de forma clara e didática (ainda mais para mim, que não sou da área).

Excelente! Parabéns pelo Blog!

Marcia Machado disse...

Que legal Carolina, espero que logo fiques boa! E volte sempre, qualquer dúvida envie uma mensagem! Abraços, Marcia