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terça-feira, 15 de novembro de 2011

A Proclamação da República

Proclamação da República, 1893, óleo sobre tela de Benedito Calixto (1853-1927). Acervo da Pinacoteca Municipal de São Paulo

Na manhã de 15 de novembro de 1889, Marechal Deodoro, à frente de um batalhão, marchou para o Ministério da Guerra e declarou o fim do período imperial no Brasil, e o início do período republicano.
A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país.
Alguns motivos antecederam a proclamação da República. A partir da década de 1870, como consequência da Guerra do Paraguai (também chamada de Guerra da Tríplice Aliança), foi tomando corpo a ideia de alguns setores da elite de alterar o regime político vigente. Alguns fatores que contribuíram:
- O imperador dom Pedro II não possuía filhos, apenas filhas. O trono seria ocupado, após a sua morte, por sua filha mais velha, a princesa Isabel, casada com um francês, Gastão de Orléans, Conde d'Eu, o que gerava o receio em parte da população de que o país fosse governado por um estrangeiro.
- O fato de os negros terem ajudado o exército na Guerra do Paraguai e, quando retornaram ao país, permaneceram como escravos, ou seja, não ganharam a alforria de seus donos.
- A  questão religiosa: alguns bispos foram contra às ordens do imperador, sendo punidos por isso. Isso gerou um descontentamento da parte dos católicos.

Naquele mesmo dia 15, foi instituído um governo provisório republicano. Faziam parte, desse governo, organizado na noite de 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório; o marechal Floriano Peixoto como vice-presidente; como ministros, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk.

No dia 21 de abril de 1993, a opção "república" obteve 86 por cento dos votos válidos, conferindo, finalmente, legitimidade popular ao regime republicano brasileiro. No mesmo plebiscito, o sistema presidencialista de governo foi legitimado pelo voto popular.

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