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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mosca da fruta fornece pistas para novos tratamentos à diabetes

Erik Johnson, professor de Biologia da Wake Forest University e principal investigador do estudo
Erik Johnson, investigador na Wake Forest University


Manipular um grupo de células produtoras de hormonas pode ajudar a controlar os níveis de açúcar no corpo. Esta descoberta pode servir para o desenvolvimento de investigação para novos medicamentos para perda de peso e diabetes.
Num artigo publicado na «Genetics», agora disponível 'online', neurobiólogos da Wake Forest University (Carolina do Norte, EUA) analisaram como as moscas da fruta (Drosophila) reagiram quando lhes foi imposta uma dieta reduzida.
Uma dieta reduzida ou a fome levam normalmente à hiperatividade nas moscas da fruta. As moscas esfomeadas voam freneticamente à procura de comida. Isto acontece porque uma enzima chamada AMP quinase (AMPK) estimula a segregação da hormona adipocinética, que é a equivalente funcional da hormona glucagon (nos humanos).
Esta hormona atua em oposição à insulina, dizendo ao corpo para libertar o açúcar necessário para “abastecer” a hiperatividade. O corpo usa as suas reservas de energia até encontrar comida.
A equipa de investigação conseguiu desligar a AMPK e as células diminuíram a libertação de açúcar, fazendo com que a resposta hiperativa parasse quase completamente, mesmo face à fome.
"Visto que as moscas da fruta e os seres humanos partilham 30 por cento dos genes e os seus cérebros estão ligados essencialmente da mesma forma, esta descoberta pode ajudar a investigação sobre o metabolismo em geral e a diabetes em particular", explica Erik Johnson, investigador principal.
A hormona adipocinética é a equivalente no inseto à glucagon segregada pelo pâncreas humano. A glucagon aumenta os níveis de açúcar no sangue e a insulina reduz. No entanto, é difícil estudar os sistemas da glucagon porque as células do pâncreas são difíceis de separar. Estudar como o sistema funciona nas moscas da fruta abre caminho a um fármaco que tenha como alvo as células que fazem com que a glucagon diga ao corpo para libertar açúcar no sangue – reduzindo assim a necessidade de injeções de insulina em diabéticos.
 
 
 
Fonte: cienciahoje
 
 
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