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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Saiba por que o seu filho não deve usar o andador





A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) pede a colaboração de médicos e hospitais na coleta do máximo de informação possível sobre o assunto, a fim de obter uma estatística brasileira mais fidedigna sobre o número de acidentes com andadores. Com a verificação desse risco, países já o aboliram, como o Canadá que proíbe o seu uso desde 2007.
 
"Os pais pensam erroneamente que se a criança andar mais rápido terá liberdade e independência, o que, na verdade, pode custar muito caro. Um andador que atinge uma velocidade de 1m/s, como aqueles em que os bebês permanecem sentados no centro, pode rapidamente fugir do controle dos pais num piscar de olhos. Eles ainda não têm noção do perigo, ficam susceptíveis a várias situações de risco, por exemplo, escadas, piscinas e cantos de mesa, sem contar os inúmeros objetos que podem alcançar pelo caminho e levar à boca", explica a professora de fisioterapia Roseli Cordeiro de A. Morais.
 
Ainda de acordo com ela, as pesquisas científicas não demonstram nenhum benefício no desenvolvimento motor associado ao andador. "Pelo contrário, tem se observado crianças mais ‘preguiçosas’ quando retiradas do aparelho", afirma a especialista, adicionando que com o andador os bebês começam a andar errado, o que pode contribuir para problemas de saúde no futuro.
Com certeza, há pais e mães que já fizeram uso de andadores e não tiveram nenhum problema. "No entanto, mesmo aqueles que revelam uma experiência positiva com esse aparelho, diante da exposição de tantos riscos, do conhecimento dos vários acidentes ocorridos e da comprovação de nenhum benefício, percebem que tiveram ‘sorte’ e revelam que provavelmente não voltariam a usar o equipamento."
 
Deve ficar claro que existe um tempo certo para cada fase do bebê, então, é fundamental permitir que todas aconteçam exatamente no tempo da criança, sem pressioná-la para que ande logo. A professora Roseli lista para você essas etapas até o momento do seu pequeno começar a andar.
 
6 a 7 meses - Quando a criança já é capaz de permanecer sentada sozinha, deixe-a livre no chão, claro que com os devidos cuidados com o ambiente, por exemplo, colocando tapetes emborrachados. Então, espalhe brinquedos adequados para a idade (cuidado, o bebê leva tudo à boca) perto e longe do bebê, para que ele possa tentar alcançá-los.
8 a 9 meses - Deve-se estimular a postura de "gato" e o engatinhar. Para isso, deixe o pequeno nessa posição e coloque um rolo sob o abdômen para ajudá-lo, já que será mais fácil para apoiar as mãos à frente e fazer os movimentos. É muito importante que a criança passe pela fase do engatinhar, pois, assim, ela ganhará independência para explorar os ambientes e adquirir coordenação. Nessa etapa, o cercadinho com brinquedos também é bastante útil.
10 meses - A partir daí, surge a possibilidade de deixar o bebê em pé sozinho no cercadinho e fora dele. Sempre que possível, sente-se no chão com ele e o coloque em pé, então, com as suas mãos no quadril dele vá promovendo deslocamentos leves laterais e também para frente e para trás para treinar o equilíbrio e a transferência de peso. Sentindo que ele está seguro, progrida com uma caminhada apoiando as duas mãos do pequeno, evolua para uma mão e vá dando cada vez mais liberdade.
 
"É muito importante o controle da ansiedade dos pais, pois cada criança tem o seu tempo. Por isso, não se deve fazer comparações com irmãos, primos, vizinhos etc. Os pais também não podem deixá-la amedrontada, pois é preciso que realize as atividades com tranquilidade. Espera-se que o bebê inicie a marcha livre dos 10 aos 14 meses, estando absolutamente dentro da normalidade", finaliza Roseli.
 
Por Marisa Walsick (MBPress)


Fonte: maisequilibrio



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