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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A Revolução dos Pampas

[Por estes dias nos Pampas Gaúcho comemora-se a Revolução Farroupilha. Marco da história do Rio Grande do Sul. Os ideais relatados em livros, filmes, séries apenas mostram um pouco da luta do nosso povo pela liberdade. A tão sonhada República Rio-Grandense não deve ser vista como um separatismo orgulhoso do sul do país, mas como uma necessidade de dar um basta ao colonialismo que desde o descobrimento, consumia as nossas riquezas, idéias e sonhos de ver o Brasil como um país desenvolvido. Talvez a guerra não tenha sido por motivos tão justos, mas o fato que mostramos ser um povo valente que não temia entrar numa luta, fosse para defender as suas terras ou pela abolição da escravatura. E se, por estes dias, vê-se alguém levantar um clamor em favor do separatismo, é porque ainda corre nas veias o sangue dos bravos guerreiros. Talvez não exista um povo que possa falar com mais orgulho que nós sobre as nossas raízes.  E com muito paixão bradar : Ah!! Eu sou Gaúcho!!]



As comemorações da Revolução Farroupilha - o mais longo e um dos mais significativos movimentos de revoltas civis brasileiros, envolvendo em suas lutas os mais diversos segmentos sociais - relembra a Guerra dos Farrapos contra o Império, de 1835 a 1845. O Marco Inicial ocorreu no amanhecer de 20 de setembro de 1835. Naquele dia, liderando homens armados, Gomes Jardim e Onofre Pires entraram em Porto Alegre pela Ponte da Azenha.
A data e o fato ficaram registrados na história dos sul-rio-grandenses como o início da Revolução Farroupilha. Nesse movimento revolucionário, que teve duração de cerca de dez anos e mostrava como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos, foi proclamada a República Rio-Grandense, instalando-se na cidade de Piratini a sua capital.



Acontecendo-se a Revolução Farroupilha, desde o século XVII o Rio Grande do Sul já sediava as disputas entre portugueses e espanhóis. Para as lideranças locais, o término dessas disputas mereciam, do governo central, o incentivo ao crescimento econômico do Sul, como ressarcimemto às gerações de famílias que lutaram e defenderam o país. Além de isso não ocorrer, o governo central passou a cobrar pesadas taxas sobre os produtos do RS. Charque, couros e erva-mate, por exemplo,passaram a ter cobrança de altos impostos. O charque gaúcho passou a ter elevadas, enquanto o governo dava incentivos para a importação do Uruguai e Argentina.

Já o sal, insumo básico para a preparação do charque, passou a ter taxa de importação considerada abusiva, agravando o quadro. Esses fatores, somados, geram a revolta da elite sul-riograndense, culminando em 20 de setembro de 1835, com Porto Alegre sendo invadida pelos rebeldes enquanto o presidente da província, Fernando Braga, fugia do Rio Grande.

As comemorações do Movimento Farroupilha, que até 1994 restringiam-se ao ponto facultativo nas repartições públicas estaduais e ao feriado municipal em algumas cidades do Interior, ganharam mais um incentivo a partir do ano 1995. Definida pela Constituição Estadual com a data magna do Estado, o dia 20 de setembro passou a ser feriado.


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