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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Molécula pode bloquear desenvolvimento do Alzheimer

Fluoreno dificulta formação de placas amiloides no cérebro de pacientes

cérebro
O Alzheimer é causado por placas de proteína que se formam no cérebro e danificam os neurônios

Pesquisadores americanos descobriram um novo composto que impede a formação das placas amiloides, os acúmulos de proteína que são encontrados nos cérebros de pacientes com Alzheimer e estão ligados ao desenvolvimento da doença. Segundo o artigo, que foi publicado na revista eletrônica PLoS ONE, a nova substância deve ser mais estudada para que, no futuro, possa ajudar os médicos a diagnosticar e tratar seus pacientes.
O Alzheimer se caracteriza por uma perda progressiva da memória e da capacidade cognitiva e atinge principalmente pacientes com mais de 65 anos. Ele é causado pelas placas amiloides, que se aglomeram no cérebro e danificam os neurônios. A nova substância, feita a base de fluoreno e nitróxido, age diretamente nessas placas, atrapalhando sua formação. "Ela tem um grande potencial para prevenir ou retardar os danos em indivíduos nos primeiros estágios do Alzheimer, antes que ocorram perdas significativas a seu cérebro", disse John Voss, professor de bioquímica e medicina molecular da Universidade da Califórnia e líder do estudo.
Originalmente, os compostos de fluoreno foram estudados pelos cientistas por sua capacidade de se ligar às placas amiloides. Como as proteínas não apareciam em tomografias, e o fluoreno sim, os pesquisadores pensaram em usá-lo para detectar os primeiros sinais do Alzheimer, antes que seus sintomas aparecessem. No entanto, uma pesquisa feita com ratos mostrou que, além de ajudar a detectar as placas, esses compostos também poderiam atrapalhar sua formação.
Os pesquisadores da Universidade da Califórnia resolveram estudar como os compostos de fluoreno agiam e, no caminho, acabaram criando outra substância, ainda mais poderosa. Sua intenção era usar uma técnica para analisar a ação dos compostos em neurônios cultivados em laboratório. Como o fluoreno não aparecia durante a análise, os pesquisadores ligaram um nitróxido à substância, para que pudesse ser captada.
Como resultado, eles descobriram que os compostos marcados eram ainda mais efetivos em destruir as placas amiloides. Além disso, as propriedades antioxidantes do nitróxido também tiveram efeito protetor nos neurônios. Agora, o grupo deve testar a segurança desse novo composto, além de estudar sua eficácia em animais com Alzheimer.


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