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sábado, 5 de maio de 2012

O segredo da longevidade japonesa

As maravilhas da soja japonesa desafiam o colonialismo alimentício ocidental

Se você quer saber como viver por mais tempo, observe as pessoas de Okinawa, um conjunto de ilhas no sudoeste do Japão. Alimentados desde pequenos com peixes e grãos de soja, a expectativa de vida da população das ilhas está entre as maiores do mundo.
Há um grupo de controle natural: muitas pessoas que nasceram em Okinawa se mudaram para o Brasil e para o Havaí após a II Guerra Mundial, onde trocaram sua dieta original por uma mais carnívora com bifes e hambúrgueres. Tudo foi estudado regularmente por pesquisadores japoneses ao longo das últimas três décadas para provar que uma dieta rica em soja pode prolongar a vida. Agora é a hora do teste do sabor: será que um saudável pacote de salgadinhos de soja pode expulsar as gordurosas batatas fritas da hora do lanche?
Kaoru Yamada, uma jovem especialista em alimentos da Otsuka Pharmaceutical, uma companhia farmacêutica japonesa, aceitou o desafio. Ela não gosta do sabor da soja, de modo que inventou uma pasta de soja levemente assada que tem gosto de queijo, é crocante, tem pedaços de grãos de soja e pode permanecer numa mesa de trabalho – ou até numa lanchonete- por meses a fio antes de ficar molenga. Batizada de SoyCarat, a sua invenção chegou aos mercados japoneses nesse mês. A Otsuka, que também produz uma bebida funcional bem sucedida chamada Pocari Sweatm, vê nesses esforços uma reação contra os salgadinhos ocidentais que estão engordando os asiáticos.
A ciência por trás é convincente: a pesquisa, ainda que parcialmente financiada pela Otsuka, sugere que a ingestão de grãos de soja rapidamente baixa a pressão do sangue, reduzindo assim o risco de doenças cardiovasculares. A empresa observa que um americano médio come menos soja em um ano do que o japonês médio come em um dia.

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